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Para evitar vazamento de informações, policiais não sabiam que iriam prender Fabrício Queiroz

Não foram feitas diligências no local da prisão, como é feito de costume pela polícia
12:04 | Jun. 18, 2020
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Tipo Notícia

 O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Polícia Civil de São Paulo, que coordenou nesta quinta, 18, a prisão de Fabrício Queiroz, disse que os policiais não sabiam quem iriam prender Queiroz na operação. O objetivo era evitar qualquer vazamento de informação. As informações são do portal de notícias UOL.

O delegado afirmou isso durante entrevista à CNN. Segundo Osvaldo, a equipe fez um "briefing" nesta quinta, por volta de 4 horas, na sede da PF e em seguida foram para o local da prisão junto com os promotores públicos. "Não demos ciência para os policiais para não haver nenhum tipo de vazamento, nada. Ontem fomos contatados pelo delegado geral que recebeu a missão do Ministério Público, e nós cumprimos com êxito", contou o delegado.

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Em reportagem publicada em maio pela Folha de S.Paulo, o empresário e suplente de Flávio Bolsonaro, Paulo Marinho, disse que o filho do presidente soube com antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada.

Promotor responsável pela prisão em São Paulo, Jandir Moura Torres Neto, confirmou a preocupação com o vazamento da operação. Para isso, não foram feitas diligências no local da prisão, como é feito de costume pela polícia.

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Prisão de Queiroz

O policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso na manhã desta quinta-feira, 18, em Atibaia, interior de São Paulo. Ele estava em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, e foi levado para uma unidade da Polícia Civil no Centro da capital paulista.

A operação que efetuou a prisão ocorreu em parceria entre a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo, e teve mandados expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro. Queiroz deve ser transferido ainda nesta quinta-feira para o Rio de Janeiro. Também foi emitido mandado de prisão para a esposa do ex-assessor, Márcia Aguiar, que também já foi assessora de Flávio Bolsonaro.

Segundo um caseiro ouvido pela Polícia, Queiroz estava na casa há mais de um ano. Em entrevista de setembro de 2019, Frederick Wassef disse não saber o paradeiro do ex-assessor. Responsável pelas defesas de Flávio e de Jair Bolsonaro, Wassef é considerado amigo pessoal da família e presença constante em eventos do Palácio do Planalto.

Fabrício Queiroz é investigado por participar de suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro durante mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, entre fevereiro de 2003 a janeiro de 2019. Segundo relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) de 2018, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada "atípica".


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