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Editorial: A resposta da Educação em tempos de pandemia

01:30 | Jun. 15, 2020
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Tipo Opinião

Menos de um mês depois da publicação do decreto que suspendeu as aulas no Ceará em meio à pandemia do novo coronavírus, a Secretaria da Educação do Estado (Seduc) publicava um guia online para orientar professores e alunos. Era 8 de abril, e o mundo enfrentava o seu maior desafio em muitos âmbitos: político, econômico, de saúde e, obviamente, pedagógico.

Naquele momento, a pasta estabeleceu como meta "o foco na aprendizagem, o letramento digital, a colaboração e cooperação, a educação em rede e a cultura digital". Foi um acerto. Lastreados nas diretrizes do Conselho de Educação do Ceará e do Conselho Nacional de Educação, técnicos da Seduc, sob a coordenação da secretária Eliana Estrela, prepararam as bases do Plano de Atividades Domiciliares, o conjunto de princípios destinados a subsidiar os docentes e famílias de estudantes na travessia dos tempos de educação remota ou a distância.

Entre as ferramentas ofertadas, estão videoaulas e plataformas digitais como o "Aluno Online" e o "Professor Online", mas também o livro didático impresso, que ganhou importância ainda maior pela disponibilidade num panorama de drástica restrição de contatos físicos e de acesso limitado das famílias de baixa renda à internet, como é a maioria do público da rede escolar estadual.

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Assim, combinando o poder das redes com o de meios tradicionais, o Governo pode fazer frente à ameaça que a Covid-19 impunha a todos. Evitou-se, dessa maneira, a suspensão do ano letivo, preocupação de pais e educadores, sem grande perda de qualidade e resguardando a carga horária mínima exigida nos parâmetros curriculares.

Na última sexta-feira, 12, em entrevista ao "Projeto Agir", da Fundação Demócrito Rocha, a titular da Seduc avaliou como positivas as soluções adotadas em caráter emergencial no enfrentamento aos impactos da pandemia na educação. A essas medidas, disse a secretária, somam-se hoje parcerias firmadas com o Google Classroom, a AlcanCE e o Foco, três tecnologias que auxiliam estudantes nesse período de formação.

Outras 12 ferramentas, contratadas por meio de chamada pública, completam o cardápio de itens à disposição dos matriculados nas escolas estaduais: Impulsiona; Khan Academy; Lecionas; Videoaulas do Ecomuseu Natural do Mangue de Sabiaguaba; Letrus; Webinar da Social Brasilis; Stoodi; Curta na Escola; Eureka Digital; Árvore de Livros; FB Online e Lanlink.

É cedo ainda para mensurar os reais efeitos dessas mudanças sobre o aprendizado dos milhares de alunos da rede, sobretudo porque o isolamento social permanece como expediente recomendado pelas autoridades sanitárias e, a despeito do plano de transição e de reabertura das atividades, não há data para a volta às aulas, agora presencialmente.

Mas é bem-vindo todo o esforço de atenuar perdas significativas na esfera escolar, reduzindo prejuízos e dotando as escolas e professores do instrumental necessário para se conectar com as famílias dos alunos, um elo fundamental para que esse planejamento seja bem-sucedido. 

 

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