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As chefes de família

01:30 | Mai. 26, 2019
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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad-IBGE), divulgada esta semana, mostra o aumento, pelo terceiro ano consecutivo, do número de mulheres que chefiam as residências. De acordo com o relatório, dos 71 milhões de lares existentes no Brasil (2018), 45% eram chefiados por mulheres e 55% por homens. O número de mulheres responsáveis pelas famílias mais que dobrou desde 2001, quando eram 14 milhões, número que chega agora a quase 32 milhões. O estado do Ceará acompanha essa evolução, tendo o percentual de mulheres chefes de família aumentado em 47%, em seis anos, quando o número era de 954 mil famílias nessa condição, tendo subido para 1,4 milhão em 2018.

É importante destacar que o IBGE considera a mulher "chefe de família", mesmo aquela que mora com um companheiro, ainda que aquelas que criam os filhos sozinhas estejam "fortemente representadas". Existem diversos tipos de arranjos, no qual as mulheres podem ser consideradas chefes de família, como casal sem filhos; casal com filhos; mulher morando sozinha e outros tipos de formação familiar.

Ao mesmo tempo em que as mulheres ganham protagonismo chefiando suas famílias, elas continuam arcando com a maior parte do trabalho doméstico, segundo pesquisa do Pnad, relativa ao ano de 2018. Elas dedicam, em média, 21,3 horas por semana para os afazeres de casa e cuidando de pessoas, quase o dobro do que os homens gastam com as mesmas tarefas, que são 10,9 horas.

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Outro fator relevante da Pnad é o crescimento do número de brasileiros que se autodeclaram pretos ou pardos, terminologia usado pelo IBGE para caracterizar a população negra. Entre 2012 e 2018 esse número cresceu 29,3%. A população brasileira soma hoje 208,9 milhões de pessoas, com os brancos perfazendo 42,9% do total; sendo os negros, portanto, a maioria, com 56,2% (47% pardos e 5,4% pretos), indicando que os movimentos afirmativos vêm obtendo bons resultados.

Essas pesquisas são importantes pois, além de mostrar o retrato de determinada situação, resultam em informações preciosas, que podem orientar as melhores práticas do governo e de entidades da sociedade civil. 

 

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