Pesquisadores treinam ratos gigantes para combater tráfico de animais silvestres

11:19 | 06/11/2024 Autor Flipar

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Visando combater o comércio ilegal de animais silvestres, pesquisadores estão treinando ratos-gigantes-africanos para inspecionar contêineres e armazéns. — Visando combater o comércio ilegal de animais silvestres, pesquisadores estão treinando ratos-gigantes-africanos para inspecionar contêineres e armazéns. Crédito: reprodução/instagram @herorats

Além de ampliar suas funções, já que são usados para detectar minas terrestres e tuberculose, a iniciativa combate um mercado ilícito que movimenta cerca de US$ 20 bilhões anuais, segundo a Interpol. — Além de ampliar suas funções, já que são usados para detectar minas terrestres e tuberculose, a iniciativa combate um mercado ilícito que movimenta cerca de US$ 20 bilhões anuais, segundo a Interpol. Crédito: reprodução/instagram @herorats

Esses ratos, que podem chegar a um metro de comprimento, foram treinados pela ONG Apopo para detectar o cheiro de produtos ilegais da vida selvagem, como presas de elefantes e chifres de rinoceronte. — Esses ratos, que podem chegar a um metro de comprimento, foram treinados pela ONG Apopo para detectar o cheiro de produtos ilegais da vida selvagem, como presas de elefantes e chifres de rinoceronte. Crédito: reprodução/instagram @herorats

Em testes, os ratos se saíram bem em um porto de Dar es Salaam, a maior cidade da Tanzânia. Eles sinalizam o contrabando puxando uma bola em seus coletes, emitindo um alerta sonoro. — Em testes, os ratos se saíram bem em um porto de Dar es Salaam, a maior cidade da Tanzânia. Eles sinalizam o contrabando puxando uma bola em seus coletes, emitindo um alerta sonoro. Crédito: divulgação/apopo

O treinamento de cada rato desses custa em média entre 7 mil e 8 mil dólares, sendo, ainda assim, mais econômico do que investir em equipamentos eletrônicos. — O treinamento de cada rato desses custa em média entre 7 mil e 8 mil dólares, sendo, ainda assim, mais econômico do que investir em equipamentos eletrônicos. Crédito: reprodução/instagram @herorats

Essa semana, um rato foi notícia por outros motivos: a possibilidade de arruinar um ecossistema inteiro. Ao menos esse é o medo de moradores de uma ilha remota de 350 habitantes no Alasca, Estados Unidos. — Essa semana, um rato foi notícia por outros motivos: a possibilidade de arruinar um ecossistema inteiro. Ao menos esse é o medo de moradores de uma ilha remota de 350 habitantes no Alasca, Estados Unidos. Crédito: pexels DSD

Habitantes da ilha St. Paul, situada a cerca de 320 quilômetros da costa do Alasca, estão empenhados em caçar o tal roedor que um morador teria avistado. — Habitantes da ilha St. Paul, situada a cerca de 320 quilômetros da costa do Alasca, estão empenhados em caçar o tal roedor que um morador teria avistado. Crédito: reprodução/youtube d1CableGuy

A ilha, parte do arquipélago Pribilof, é um verdadeiro refúgio natural no Mar de Bering devido à sua incrível diversidade de aves — são cerca de 300 espécies registradas por lá. — A ilha, parte do arquipélago Pribilof, é um verdadeiro refúgio natural no Mar de Bering devido à sua incrível diversidade de aves — são cerca de 300 espécies registradas por lá. Crédito: domínio público / wikimedia commons

Tudo começou quando, em junho, um habitante da ilha notificou as autoridades ao supostamente avistar um rato no edifício onde reside. — Tudo começou quando, em junho, um habitante da ilha notificou as autoridades ao supostamente avistar um rato no edifício onde reside. Crédito: flickr - Jim Greenhill

Agentes da vida selvagem realizaram uma inspeção minuciosa e chegaram a se arrastar pelo chão atrás de vestígios do roedor. — Agentes da vida selvagem realizaram uma inspeção minuciosa e chegaram a se arrastar pelo chão atrás de vestígios do roedor. Crédito: pexels Shashank Kumawat

Além disso, instalaram câmeras e armaram armadilhas com manteiga de amendoim para tentar capturar o intruso indesejado, mas nada de encontrar o ratinho. — Além disso, instalaram câmeras e armaram armadilhas com manteiga de amendoim para tentar capturar o intruso indesejado, mas nada de encontrar o ratinho. Crédito: Rudy and Peter Skitterians por Pixabay

A maior preocupação é justamente pelo fato de a ilha ser um refúgio para diversas espécies de aves, já que ratos se alimentam de ovos, filhotes e até de adultos, dependendo da espécie. — A maior preocupação é justamente pelo fato de a ilha ser um refúgio para diversas espécies de aves, já que ratos se alimentam de ovos, filhotes e até de adultos, dependendo da espécie. Crédito: freepik wirestock

Entre as mais ameaçadas estão o papagaio-do-mar e o auklet, um tipo de periquito. — Entre as mais ameaçadas estão o papagaio-do-mar e o auklet, um tipo de periquito. Crédito: domínio público/wikimedia commons

A ilha tem investido recursos em armadilhas, horas extras para os agentes caçadores e sistemas de monitoramento. Só que esse esforço já se estende por meses... — A ilha tem investido recursos em armadilhas, horas extras para os agentes caçadores e sistemas de monitoramento. Só que esse esforço já se estende por meses... Crédito: Tomasz por Pixabay

De acordo com o Escritório de Conservação de Ecossistemas, todo esse empenho é justificado, pois o custo dessa mobilização é muito menor que o de uma operação de erradicação, que poderia alcançar cifras milionárias. — De acordo com o Escritório de Conservação de Ecossistemas, todo esse empenho é justificado, pois o custo dessa mobilização é muito menor que o de uma operação de erradicação, que poderia alcançar cifras milionárias. Crédito: freepik

O último registro de um rato em St. Paul ocorreu em 2018, quando as autoridades levaram quase um ano para localizar o pequeno animal em um armazém no porto. — O último registro de um rato em St. Paul ocorreu em 2018, quando as autoridades levaram quase um ano para localizar o pequeno animal em um armazém no porto. Crédito: flickr - mazaletel

Esses roedores costumam chegar à ilha trazidos por embarcações. Segundo especialistas, apenas um casal é suficiente para desencadear uma infestação. — Esses roedores costumam chegar à ilha trazidos por embarcações. Segundo especialistas, apenas um casal é suficiente para desencadear uma infestação. Crédito: Silvia por Pixabay

A ilha está considerando até mesmo abrir mão de uma antiga tradição para agilizar a captura do rato. Isso porque, eles estão avaliando a entrada de um cão farejador — cachorros são proibidos na ilha desde 1976. — A ilha está considerando até mesmo abrir mão de uma antiga tradição para agilizar a captura do rato. Isso porque, eles estão avaliando a entrada de um cão farejador — cachorros são proibidos na ilha desde 1976. Crédito: pexels/Lum3n

As autoridades já até fizeram um pedido formal ao Departamento de Agricultura dos EUA e agora aguardam a aprovação. — As autoridades já até fizeram um pedido formal ao Departamento de Agricultura dos EUA e agora aguardam a aprovação. Crédito: Chris Robert/Unsplash

Ratos são considerados uma praga em muitas regiões do mundo devido aos danos que causam tanto ao meio ambiente quanto à saúde pública. — Ratos são considerados uma praga em muitas regiões do mundo devido aos danos que causam tanto ao meio ambiente quanto à saúde pública. Crédito: pexels Denitsa Kireva

Esses animais são onívoros, ou seja, alimentam-se de uma variedade de itens, desde cereais e alimentos processados até lixo, o que facilita sua sobrevivência em praticamente qualquer ambiente. — Esses animais são onívoros, ou seja, alimentam-se de uma variedade de itens, desde cereais e alimentos processados até lixo, o que facilita sua sobrevivência em praticamente qualquer ambiente. Crédito: Mert Guller Unsplash

Eles são conhecidos por roer estruturas, danificar plantações e invadir depósitos e casas, contaminando alimentos com urina e fezes. — Eles são conhecidos por roer estruturas, danificar plantações e invadir depósitos e casas, contaminando alimentos com urina e fezes. Crédito: Simon por Pixabay

Além disso, ratos são vetores de várias doenças, como leptospirose, hantavírus e peste bubônica, que podem se espalhar rapidamente em ambientes urbanos. — Além disso, ratos são vetores de várias doenças, como leptospirose, hantavírus e peste bubônica, que podem se espalhar rapidamente em ambientes urbanos. Crédito: pexels Tom Fisk

As espécies mais comuns, como o rato-preto (Rattus rattus) e o rato-marrom (Rattus norvegicus), têm se espalhado pelo mundo principalmente por meio das atividades humanas. — As espécies mais comuns, como o rato-preto (Rattus rattus) e o rato-marrom (Rattus norvegicus), têm se espalhado pelo mundo principalmente por meio das atividades humanas. Crédito: Simon por Pixabay

Algumas medidas preventivas como manter os ambientes limpos, guardar os alimentos em recipientes fechados e vedar frestas e buracos em paredes podem ajudar a controlar a entrada de ratos. — Algumas medidas preventivas como manter os ambientes limpos, guardar os alimentos em recipientes fechados e vedar frestas e buracos em paredes podem ajudar a controlar a entrada de ratos. Crédito: Mayukh Karmakar pexels

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