Museu do Amanhã, no RJ, lança 3 exposições sobre crise climática
Antecipando a programação da Cop-30, o Museu do Amanhã inaugura exposições artísticas que falam sobre sociedade, comunidade, meio ambiente e futuro
16:25 | Jul. 18, 2025
Um dos espaços mais notórios do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã, localizado no Centro da capital carioca, inaugura nesta sexta-feira, 18, três novas exposições que conversam e refletem sobre humanidade e suas ações para com o planeta.
Com curadoria de Fábio Scarano, o evento faz parte da Ocupação Esquenta COP, programação que antecipa as atividades e debates da Cop-30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, marcada para ocorrer em novembro de Belém, no Pará).
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Encabeçado pela exposição “Claudia Andujar e seu Universo: Ciência, Sustentabilidade e Espiritualidade”, a mostra principal apresenta 130 fotografias da ativista suíça naturalizada brasileira, ao lado de obras de artistas nacionais. A exposição, que possui curadoria de Paulo Herkenhoff, dialoga com a memória e cultura das comunidades indígenas no País.
“A concepção possui muitas raízes, as quais têm o objetivo de chegar a um ponto onde ela tenha uma inflexão sobre percepção e conhecimento. E, uma delas, é uma implicância com São Paulo”, detalha Paulo em entrevista de pré-lançamento das exposições no Museu do Amanhã. Aos risos, o curador comenta a primeira parte da mostra de Claudia Andujar, que apresenta seus pontos de vistas sobre a capital paulista, cidade onde a fotógrafa reside atualmente. “Essa implicância é um implicância amorosa”, acrescenta.
Museu do Amanhã: Mais exposições sobre o futuro
Sobre a ligação com as outras obras presentes em “Claudia Andujar e seu Universo: Ciência, Sustentabilidade e Espiritualidade” – que conta com objetos pessoais, registros literários, artigos indígenas e esculturas –, o curador descreve a mostra visual como “caleidoscópica”. “Ao mexer em um caleidoscópio, ele muda de foco e de organização. Então, ao girar as lentes do caleidoscópio, você muda as imagens e vão aparecendo as questões, como as queimadas, desmatamento, garimpo… Todas as formas de destruição de natureza e de usurpação das terras indígenas”.
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Temáticas que atingem diversas localidades do Brasil, no Pantanal, bioma de maior importância nacional, a devastação das terras é retratada na exposição “Água Pantanal Fogo”, que reúne fotografias de Lalo de Almeida e Luciano Candisani. Com curadoria do comunicador Eder Chiodetto, a mostra fotográfica busca causar reações contrastantes a cada galeria avistada que traz imagens do mundo submerso das águas na região e também da devastação após as queimadas ocorridas em 2020. “Eu não queria apresentar uma mostra que negasse a realidade, mas também não queria ilustrar uma desesperança”, revela Eder.
Complementando a Ocupação Esquenta Cop, a exposição “Tromba D’Água” reúne obras de 15 mulheres artistas latino-americanas. “Em nossas pesquisas, debatemos sobre a força coletiva que é capaz de gerar transformações. E, com isso, fazemos uma analogia com as águas, sua força e seus caminhos”, argumenta Ana Carla Soler, uma das três curadoras da exposição. Na mostra que tem entrada gratuita, o público é convidado a visualizar telas, objetos, esculturas e fotografias de artistas de diversos estados do Brasil, além da Argentina e Guatemala. (A repórter viajou a convite do Museu do amanhã)
Ocupação Esquenta COP
- Onde: Museu do Amanhã (Praça Mauá, 1 - Centro, Rio de Janeiro)
- Quando: até 4 de novembro de 2025. Visitação de quinta a terça-feira, das 10h às 18 horas
- Mais informações: www.museudoamanha.org.br