PGR deu parecer às 1h25 e não se opôs à prisão de Bolsonaro por 'gravidade de novos fatos'

Relatórios da PF e manifestação da PGR reforçam os elementos considerados por Moraes ao determinar a prisão preventiva do ex-presidente

10:32 | Nov. 22, 2025

Por: Agência Estado
Brasília (DF) 10/09/2025 - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que realiza o quarto dia de julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil (foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deu seu parecer sobre o pedido da Polícia Federal para prender preventivamente o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) à 1h25min deste sábado, 22. Em documento de uma página, o PGR diz "não se opor" à medida requerida pela PF.

"Diante da urgência e gravidade dos novos fatos apresentados, a Procuradoria-Geral da República não se opõe à providência indicada pela Autoridade Policial", anotou Gonet.

A frase foi reproduzida também no despacho em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão do ex-chefe do Executivo.

Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado, 22, após o Supremo Tribunal Federal ser comunicado sobre uma violação de sua tornozeleira eletrônica e considerar que havia risco de fuga com a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em apoio ao pai.

Ao determinar a custódia preventiva, Moraes ordenou a disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao ex-presidente, em regime de plantão. Bolsonaro ficará custodiado em uma Sala na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

Relatório da PF e novos registros sustentam a decisão do STF

Moraes justifica a prisão com base na violação da tornozeleira eletrônica por Bolsonaro às 0h08min deste sábado, o que, segundo o ministro, indica “intenção de romper para garantir êxito em sua fuga”. Também pesou a convocação feita por Flávio Bolsonaro de uma vigília religiosa em frente à residência do pai, considerada pelo magistrado como "potencial estratégia para tumultuar e facilitar a fuga".

Assim, conforme definido por Moraes, qualquer visita a Bolsonaro só seja permitida com autorização prévia do STF, exceto para advogados e equipe médica.

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