Ataque em Sobral: reações dos irmãos Ferreira Gomes variam entre apelo por paz, crítica e silêncio
Enquanto Lia e Ivo Gomes destacam necessidade de pacificação, Ciro criticou Elmano e Camilo; Cid segue em silêncio sobre o caso
14:41 | Set. 26, 2025
O atentado que resultou na morte de dois jovens em uma escola de Sobral, na última quinta-feira, 25, mobilizou reações distintas entre os irmãos Ferreira Gomes, principais expoentes políticos do município onde governaram por quase três décadas e ainda exercem forte influência no cenário político. As manifestações oscilaram entre apelos por união e cultura de paz, ataques ao governo estadual e silêncio.
Secretária das Mulheres no governo Elmano (PT), a deputada estadual licenciada Lia Gomes (PSB) publicou nas redes sociais uma nota de pesar, onde afirma que recebeu a notícia do ocorrido com "profunda tristeza e indignação", solidarizando-se com familiares das vítimas e com a comunidade escolar envolvida.
De atuação bastante crítica à atual gestão do prefeito Oscar Rodrigues (União Brasil), a parlamentar prega união de forças nesse momento. "É urgente que haja união de forças dos poderes federal, estadual e municipal para o enfrentamento a essa grave violência que vivemos na nossa Sobral".
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Críticas
Em tom de crítica, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) atacou o governador Elmano de Freitas e o antecessor dele, o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), pelo ocorrido. Ciro falou sobre a violência no Estado e culpou a gestão estadual, levantando a questão das facções criminosas e acusando os adversários políticos de estarem com as mãos "sujas de sangue".
"Já passou de qualquer limite a situação de violência no Ceará! Entregues à roubalheira e à politicagem, nada fazem de concreto para inovar no combate às causas e consequências da mortandade recorde que não poupa sequer crianças e mulheres. O entranhamento das facções na política do Ceará é fato chocante e impune. Elmano e Camilo, suas mãos estão sujas de sangue inocente mais uma vez. Até quando, cearenses?", escreveu Ciro.
Pacificação
Já o ex-prefeito da cidade, Ivo Gomes (PSB), solidarizou-se com as famílias e considerou que a situação nunca havia sido vista na cidade antes. "Especialmente nessas horas, vimos a importância de fortalecermos a disseminação da cultura de paz para que situações como essa, nunca vistas antes na nossa cidade, jamais se repitam", afirmou.
Sem manifestação
Até o momento da publicação, pouco mais de 24 horas após o ocorrido em Sobral, o senador Cid Gomes (PSB) não fez nenhuma manifestação acerca do fato. Em sua conta no Instagram, o ex-ministro da Educação no governo Dilma repostou fotos e stories de participação em premiação ocorrido na noite desta quinta-feira, 25, no município de Crateús.
Cid foi prefeito do município entre 1º de janeiro de 1997 até 1º de janeiro de 2005.
O POVO entrou em contato com o senador, por meio da assessoria de imprensa do parlamentar, que informou que verificaria a demanda. Até o momento não houve retorno. Caso haja resposta, o material será atualizado. O espaço continua aberto para manifestação.