A uma semana do julgamento de Bolsonaro, STF reforça plano de segurança

Sessões do julgamento do ex-presidente estão previstas para ocorrer nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro

10:51 | Ago. 27, 2025

Por: Taynara Lima
Supremo Tribunal Federal organiza plano de segurança para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, agendado para iniciar no dia 2 de setembro (foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) organiza um esquema de segurança para o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros réus por envolvimento na trama golpista após as eleições de 2022. As principais medidas incluem o reforço do policiamento nos arredores do Tribunal e varreduras nas casas dos ministros. O julgamento terá início no dia 2 de setembro e seguirá até o dia 12 do mesmo mês.

Cerca de 30 policiais tribunais de todo o país foram solicitados e já estão na sede do Supremo, onde permanecerão 24 horas por dia e terão dormitório com beliches à disposição. O acesso à Praça dos Três Poderes também será restrito. As informações são da Folha de São Paulo.

As ações, com detalhes discutidos entre o STF e a Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal, levam em conta algumas situações. Uma delas é a comemoração da Independência, no dia 7 de setembro, data que reúne diversos eventos bolsonaristas pelo País e, neste ano, cairá durante a pausa entre as sessões do julgamento, agendadas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro.

Além disso, a posse do ministro Edson Fachin como presidente do STF no dia 29 de setembro exige maior segurança. Apesar de ocorrer dias após a decisão do julgamento, a cerimônia acontecerá em um contexto de pressão contra o STF.

Há maior preocupação com ataques de pessoas que agem sozinhas, como o caso de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como "Tiu França", que morreu em novembro do ano passado após um atentado com bombas causado por ele mesmo na Praça dos Três Poderes. A presença dos réus no julgamento não é obrigatória, porém a possibilidade de Jair Bolsonaro comparecer de forma presencial na Corte também é considerada no plano. 

O ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o início deste mês e, após determinação do ministro Alexandre de Moraes na terça-feira, 26, passará a ser monitorado em tempo integral pela Polícia Penal do DF.