Bolsonaro aperta braço de nova presidente da Caixa para trocar caneta durante posse

Nomeada após exoneração do ex-presidente Pedro Guimarães, alvo de denúncias de assédio sexual e moral, Daniella Marques garantiu que a "crise" será transformada em "grande oportunidade"

13:30 | Jul. 06, 2022

Presidente Jair Bolsonaro (PL) aperta o braço da nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, para retirar uma caneta de suas mãos (foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) apertou o braço da nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, para retirar uma caneta de suas mãos, nesta quarta-feira, 22. Um vídeo que circula as redes sociais mostra a executiva recebendo do chefe do Planalto uma outra caneta, da marca Bic, para a assinatura do termo de posse do cargo no banco.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) apertou o braço da nova presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, para retirar uma caneta de suas mãos. A executiva recebeu do chefe do Executivo uma caneta da marca Bic para a assinatura do termo de posse do cargo no banco. pic.twitter.com/YuktQXVWi7

— Jogo Político (@jogopolitico) July 6, 2022

Nomeada após a exoneração do ex-presidente Pedro Guimarães, alvo de denúncias de assédio sexual e moral, Daniella garantiu que a "crise" será transformada em "grande oportunidade" para que se "proteja e promova as mulheres". Ela citou ainda o slogan da Caixa, "o banco de todos os brasileiros", e afirmou que agora será também "a mãe de todas as causas das mulheres do Brasil."

A cerimônia de posse ocorreu a portas fechadas na sede da Caixa Cultural, mas trechos dos discursos foram transmitidos ao vivo nas redes sociais pela deputada federal Bia Kicis (PL-DF).

Na solenidade, Marques afirmou que não tinha conhecimento que seu antecessor havia dito que pediria vídeos internos da Caixa com o intuito de comprovar que as denúncias de assédio sexual e moral contra ele não seriam verdadeiras. Guimarães escreveu um artigo de opinião, publicado na edição de hoje da Folha de S.Paulo, em que nega mais uma vez as acusações e diz que ele e sua famílias estão sofrendo um massacre "insano e inquisitorial".