CPI do Motim toma primeiro depoimento: "Associação não participou, motivou ou financiou"

A CPI investiga se houve financiamento das entidades ao motim de policiais militares do Ceará em fevereiro de 2020

10:06 | Abr. 05, 2022

Cleyber Araújo, presidente da APS, depõe em CPI do Motim na Assembleia Legislativa (foto: Thais Mesquita)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o financiamento de associações ligadas a policiais e bombeiros militares no Ceará toma nesta terça-feira, 5, o primeiro depoimento. É ouvido o presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), policial Cleyber Barbosa Araújo. A CPI investiga se houve financiamento das entidades ao motim de policiais militares do Ceará em fevereiro de 2020.

"Espero que através desse depoimento de hoje fique definitivamente comprovado que a APS não participou, ela não motivou e ela não financiou a paralisação de 2020", disse Cleyber. Ele afirma que já foi enviada documentação que comprova isso tanto à CPI quanto ao Ministério Público do Ceará.

O pedido de instalação da CPI foi apresentado ainda durante o movimento, em 19 de fevereiro de 2020, pelo deputado estadual Romeu Aldigueri (PDT). Na tarde daquele mesmo dia, o senador Cid Gomes (PDT) viria a ser baleado ao avançar com retroescavadeira contra o quartel da Polícia em Sobral, onde estavam concentrados policiais e familiares.

Porém, a CPI só foi instalada de fato mais de um ano depois, quando reportagem do O POVO mostrou com exclusividade que a Justiça quebrou os sigilos fiscal e bancário de entidades e pessoas físicas suspeitas de financiar o motim da Polícia Militar do Ceará ocorrido em 2020.