Bolsonaro diz que reformas devem ficar para 2023, caso não sejam aprovadas esse ano

As reformas administrativa e tributária, caso não sejam aprovadas até o final de 2021, não devem avançar em 2022, ano eleitoral

11:51 | Out. 29, 2021

Para Bolsonaro, a "grande reforma" promovida por seu governo foi a previdenciária. (foto: Reprodução /Marcos Corrêa/ PR)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que as reformas administrativa e tributária devem ficar para 2023, caso não sejam aprovadas ainda neste ano. Com a chegada do ano eleitoral, as reestruturações não devem avançar em 2022. A declaração foi dada durante entrevista à TV Canção Nova, que foi ao ar nesta quinta-feira, 28. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com Bolsonaro, as reformas têm que ser aprovadas logo no início do mandato de cada governante. "Essas reformas têm que acontecer no primeiro ano de cada governo. Já estamos praticamente terminando o terceiro ano (de governo). Se não aprovar este ano, ano que vem pode esquecer", disse o mandatário.

“Se não aprovar este ano fica para quem assumir em 2023", explicou, acrescentando que a "grande reforma" de sua administração foi a da Previdência, com aprovação em 2019.

A reforma administrativa foi aprovada pela comissão especial da Câmara em setembro e aguarda votação no plenário. A PEC 32 (Proposta de Emenda à Constituição), como é chamada, depende do apoio de pelo menos 308 dos 513 parlamentares em votação feita em dois turnos.

Já a reforma tributária (PEC 110) tem encontrado divergências entre o Legislativo, Executivo e diversos setores da economia, o que tem dificultado o andamento dos trâmites da proposta. A votação do texto já foi adiada duas vezes.