Sem bloquear estradas, caminhoneiros mantêm plano de greve para dia 1º do novembro

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) Wallace Landim lamentou o novo aumento anunciado pela Petrobras e avaliou a situação como insustentável

17:09 | Out. 25, 2021

Movimentação de caminhões na BR-116, no Ceará (foto: Fernanda Barros)

Descontentes com os aumentos dos combustíveis e com as propostas do governo para a categoria, caminhoneiros decidiram manter a greve marcada para o próximo dia 1º de novembro. Contudo, não há nenhuma orientação para que haja bloqueio de rodovias pelo país.

"A orientação é sempre a mesma: não fechar rodovias. Arrumar um local adequado para ficar parado ou ficar em casa. A orientação é não fechar rodovias para não prejudicar o direito de ir e vir de ninguém", disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, à coluna da jornalista Carla Araújo, do UOL. 

LEIA MAIS: Greve dos caminhoneiros nas rodovias do Brasil: últimas notícias de hoje, 25

Segundo Chorão, a orientação é "não amanhecer de braços cruzados" no dia 1º de novembro, caso o governo não sinalize nada até o dia 31 deste mês. Ele lamentou o novo aumento anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira, 25, e disse que a situação da categoria está ficando cada vez mais insustentável.

O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, a mobilização para o dia 1º segue "firme e forte". "O governo a cada dia dá mais motivo para ficar em descrédito com seus apoiadores. Vai ser um movimento nacional. Estamos chamando para parar o país de norte a sul e de leste a oeste", disse ao UOL.

Litti disse ainda também que a orientação será a de não ocupar rodovias. "Até para evitar de ser multado como foi em 2018", afirmou o dirigente da CNTTL, que representa cerca de 800 mil caminhoneiros, entre autônomos e celetistas", completou.