Quando era deputado, Bolsonaro defendeu que STF mandasse abrir a CPI do Apagão Aéreo; veja vídeo
Na manhã desta sexta-feira, 9, o presidente criticou a decisão ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que obriga a instalação no Senado da CPI da Covid para investigar as ações do governo federal no combate à pandemia.
18:36 | Abr. 09, 2021
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) defendeu, no ano de 2007, quando ainda atuava deputado federal, que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinasse a abertura uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o setor aéreo no Brasil. Em entrevista à TV Câmara, o então parlamentar pediu "razoabilidade" dos ministros para determinar a investigação.
"Eu espero que o Supremo tenha, apesar do que eu falei aqui, é o Supremo. Espero que tenha uma decisão lá voltada para a razoabilidade e deixe instalar a CPI. Porque o governo não fez a CPI? Eu não tenho dúvida do superfaturamento de obras em aeroportos", disse Bolsonaro, destacando, contraditoriamente, não ter provas sobre o caso.
Em 2007, após ordem do STF, a Câmara instalou a CPI do Apagão Aéreo, que iniciou os trabalhos pela investigação do acidente entre um Boeing da Gol e um jato Legacy, em 29 de setembro de 2006, que matou 154 pessoas. Entre os deputados que pediram a criação da CPI no STF estava Onyx Lorenzoni, atual secretário-geral da Presidência.
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Na manhã desta sexta-feira, 9, praticamente 14 anos depois, o presidente criticou a decisão ministro Luís Roberto Barroso, do STF, que obriga o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a instalar a CPI da Covid para investigar as ações do governo federal no combate à pandemia. Em comentário feito a apoiadores, Bolsonaro acusou Barroso de "ativismo judicial" e que “falta coragem” ao ministro.