"Não errei nenhuma desde março", diz Bolsonaro sobre atuação na pandemia

Presidente ainda voltou a criticar as medidas de enfrentamento da covid-19 nos Estados, entre elas a adesão ao lockdown

19:17 | Mar. 01, 2021

Declaração foi dada durante evento realizado pelo Ministério do Turismo, em Brasília (foto: Carolina Antunes/PR)

Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, nesta segunda-feira, 1º, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas de enfrentamento à Covid-19 nos Estados, entre elas a adesão do lockdown pelos governadores. Segundo o presidente, a medida “não adiantou” ano passado. Além disso, Bolsonaro disse que “não errou nenhuma”, se referindo a sua atuação em meio à pandemia.

“Desculpa aí, eu não vou falar de mim. Mas eu não errei nenhuma desde março do ano passado. Acertei demais no ano passado e não precisa ser inteligente para entender isso. Tem que ter o mínimo de caráter. Agora, só quem não tem caráter que joga o contrário. Tudo o que eu falo... O negócio de spray. Quando chegar no Brasil, deve, está tudo encaminhando para chegar, vão também demonizar o spray. Pode ter certeza disso”, reclamou.

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De acordo com Bolsonaro, uma equipe do governo viajará para Israel nesta quarta-feira, 3, para negociar uma possível aquisição do spray EXO-CD24, que, segundo ele, poderá ajudar no combate à covid-19. A droga não possui eficácia comprovada contra o vírus. As informações são do portal Correio Braziliense.

No conversa, Bolsonaro voltou a defender o tratamento precoce, afirmando que “é um direito do médico trabalhar "off label"”, uma expressão que vem sendo utilizada ao longo da pandemia pelo presidente para defender o uso de medicamentos que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19.

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O presidente ainda ressaltou que “não faltou dinheiro” e que a responsabilidade em resolver problemas como leitos é do governador e do prefeito, informando após um apoiador agradecer as verbas enviadas ao Amazonas em meio aos caos no Estado. “Não faltou dinheiro, na ponta da linha, eles têm que resolver os problemas, leitos etc.”, disse.

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