O atual secretário de Turismo do Ceará, Arialdo Pinho, foi alvo nesta quinta-feira, 3, da Operação Onzenário da Polícia Federal, que apura supostas fraudes em empréstimos consignados para servidores públicos do Estado. A investigação se refere ao período em que Arialdo era secretário-chefe da Casa Civil do Estado. Segundo a Polícia Federal, o ex-genro do secretário foi preso acusado de salto no patrimônio de R$ 2 milhões até R$ 49 milhões, com recursos de origem desconhecida, no período entre 2008 e 2009. Carros de luxo e obras de arte foram apreendidos.

Carros de luxo apreendidos:

Informações são de coletiva da Polícia Federal da manhã desta quinta-feira. Segundo investigadores, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão — 17 no Ceará, oito em São Paulo (SP) e um em Salvador (BA) – e quatro de prisão temporária. Além do ex-genro de Arialdo, foram presos um empresário, um contador e um gestor de instituição financeira.

O advogado de Arialdo, Ernando Sobrinho, disse que ainda não pode se manifestar sobre as acusações porque ainda não teve acesso ao inquérito do caso. “Obviamente, no entanto, negamos antecipadamente todas as acusações de irregularidades”. Ele disse ainda estranhar questionamentos políticos a Arialdo pela Polícia Federal, como sobre a relação dele com a família Ferreira Gomes. O secretário está em casa e, conforme o secretário, tenta restabelecer as comunicações após apreensão de celulares e computadores, para voltar a trabalhar.

Segundo os investigadores, foram alvo dos mandados de prisão temporária apenas os responsáveis diretos pela criação do suposto esquema de corrupção. Outras pessoas que teriam apenas envolvimento ou que teriam se beneficiado das fraudes foram alvos apenas de mandados de busca e apreensão.

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A Polícia Federal não divulgou o nome de Arialdo Pinho. Apesar disso, confirmou que o alvo seria um “ex-secretário da Casa Civil” entre os anos de 2008 e 2014 que segue integrando secretariado do governo do Estado. Pelo período, trata-se do atual secretário do Turismo. Ele chegou a ser alvo de busca e apreensão com itens como carros de luxo e obras de arte.

A Operação Onzenário apura crimes de corrupção, fraude em licitações, crime e constra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo a PF, conluio para fraudes envolvia agentes públicos, ex-gestores de instituições financeiras e uma empresa que movimentou R$ 600 milhões em créditos consignados de servidores públicos do Ceará.

Ainda de acordo com a PF, o esquema funcionava através de fraudes em empréstimos consignados, simulações de aquisição de cotas de sociedades empresariais e aquisições imobiliárias, tudo com relação à folha de pagamento do serviço público do Estado.

O POVO procurou a Secretaria do Turismo do Ceará sobre o caso, mas não obteve resposta até o presente momento. Um dos advogados de Arialdo Pinho também foi procurado, mas não atendeu ligações nem respondeu mensagens enviadas pela reportagem.

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