Benedita da Silva é lançada como pré-candidata pelo PT para prefeitura do Rio de Janeiro
Deputada federal pelo partido, Benedita foi a primeira mulher negra a ser senadora no Brasil
11:30 | Jun. 05, 2020
Benedita da Silva é a pré-candidata do Partido dos Trabalhadores para a prefeitura do Rio de Janeiro. A informação é do portal UOL. Com a desistência de Marcelo Freixo para concorrer ao cargo pelo Psol com apoio do PT, o nome de Benedita foi cotado e escolhido para encabeçar uma chapa na eleição. Silva já é deputada federal pela sigla.
Benedita já havia apoiado ser vice da chapa com Freixo. Em entrevista ao jornal O Globo, a deputada disse que o cenário para sua candidatura ainda segue indefinido: "Antes, estávamos prontos para fechar com o Freixo, que desistiu. Nós estávamos trabalhando a unidade da oposição. Me coloquei à disposição do PT, mas continuo dialogando".
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A parlamentar explicou que o objetivo é evitar uma reeleição do prefeito Marcelo Crivella com "um possível apoio" do presidente Jair Bolsonaro. "Eu e o Freixo conversamos muito sobre a responsabilidade da oposição e da esquerda com tudo o que está acontecendo no governo Bolsonaro. E aqui, o que está acontecendo são réplicas ".
Benedita ainda disse que foi um equívoco do PSOL deixar Marcelo Freixo se afastar da disputa da prefeitura da capital e afirmou que há especulações sobre o partido ter participação na vice-liderança de sua chapa, como o pastor Henrique Vieira ou a deputada estadual Mônica Francisco. Para Benedita, cidade do Rio de Janeiro vive retrocessos na gestão de Crivella e que espera encontrar "um caos" se caso for eleita.
"Vou procurar as forças do Rio e retomar a conversa com os demais partidos para buscar um projeto para a cidade que seja comum e viável. Devemos retomar a cidade com a esperança de tirar as pessoas da rua, para onde elas voltaram", disse ela que citou a perda de uma irmã e do sobrinho por conta da pandemia de coronavírus.
Na entrevista, Benedita rebateu que o partido dela não queira abrir mão de lideranças de chapas e forma alianças, como o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou quando criticou manifestos suprapartidários.
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