Bolsonaro nega ter chamado Nordeste de ‘Paraíba’: "nenhuma crítica ao povo nordestino, meus irmãos"

O presidente também reclamou do general da reserva, Luiz Rocha Paiva, que condenou sua declaração: "sem querer descobrimos um melancia"

12:10 | Jul. 21, 2019

Presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Cidadania, participaram de transmissão e criticaram Cid Gomes (foto: Marcos Correa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou, na manhã deste domingo, 21, que tenha ofendido o povo nordestino em café da manhã com correspondentes estrangeiros na última sexta-feira, 19. “Nenhuma crítica ao povo nordestino, meus irmãos”, defendeu em publicação no Twitter.

"Daqueles GOVERNADORES... o pior é o do Maranhão". Foi o que falei reservadamente para um ministro. NENHUMA crítica ao povo nordestino, meus irmãos. Mas o melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino, p/ me chamar de antipatriótico.

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 21, 2019

O pesselista apareceu em vídeo que circulou nas redes sociais na sexta-feira chamando a Região Nordeste de “paraíba” e criticando o governador do Maranhão, Flávio Dino, do PCdoB. O áudio foi captado pela TV Brasil, canal oficial do governo, que transmitiu o café da manhã na íntegra. “Não tem que ter nada com esse cara (Flávio Dino)", disparou.

Bolsonaro ataca Flávio Dino e diz que “não tem que ter nada com esse cara”. Nenhum presidente pode prejudicar o povo de um estado por conta de diferenças políticas. É um crime contra o povo do Maranhão. #200DiasDeVergonha pic.twitter.com/LAyjewMCLm

— Vanessa Grazziotin (@vanessa_grazz) July 19, 2019

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Bolsonaro ainda criticou, no Twitter, o general da reserva Luiz Rocha Paiva, que considerou o comentário do presidente "antipatriótico" e "incoerente". Luiz disse que não saiu em defesa dos governadores da região, mas dos seus "irmãos nordestinos".

“Mas o melhor de tudo foi ver um único general, Luiz Rocha Paiva, se aliar ao PCdoB de Flávio Dino, para me chamar de antipatriótico. Sem querer descobrimos um melancia, defensor da Guerrilha do Araguaia, em pleno século XXI”, disse Bolsonaro.

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