O líder do PT na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), negou que o partido da presidente Dilma Rousseff seja "omisso" no debate sobre renúncia do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diante das provas apresentadas pelo Ministério Público da Suíça à Procuradoria Geral da República (PGR), comprovando que Cunha tinha contas bancárias secretas na Suíça. Cunha também é investigado por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Questionado sobre o assunto, Sibá afirmou que "não há omissão nenhuma do PT" ao não pressionar pela renúncia de Cunha, como fazem PSOL e Rede, que lideraram requerimento contra Cunha no Conselho de Ética por quebra de decoro.

"Ele (Cunha) diz que está seguro e cabe a nós, neste momento, aguardar o prosseguimento do processo (na Comissão de Ética) para nos pronunciar. Não há omissão", disse Sibá.

Pouco antes, Cunha foi alvo de manifestação no Salão Verde da Câmara. Enquanto concedia entrevistas, pouco antes de abrir a sessão desta quarta-feira, 21, o presidente da Câmara ouviu gritos de "fora, Cunha".