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Oposição não pode depender das 'poucas chances de sobrevida' de Cunha, diz tucano

15:05 | 16/10/2015
Com abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) e o novo pedido de bloqueio de duas contas bancárias mantidas na Suíça atribuídas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), defendeu nesta sexta-feira, 16, que a agenda da oposição não dependa mais das "reduzidas chances de sobrevida" do peemedebista.

"O processo de impeachment, se tiver respaldo jurídico e político, seguirá curso próprio", disse Torres por meio de nota. A posição do secretário vai ao encontro das manifestações públicas de outros membros da cúpula do PSDB.

O líder da bancada, senador Cássio Cunha Lima (PB), e o presidente nacional da sigla, senador Aécio Neves (MG), rechaçaram acordo para blindar o peemedebista. Cunha Lima chegou a criticar a postura da bancada tucana na Câmara que, de olho no início do processo de impeachment de Dilma Rousseff, tem evitado defender publicamente a saída de Cunha e se limitou apenas a divulgar uma nota sobre o tema. "Não quero intervir na bancada da Câmara, ou na liderança do deputado Carlos Sampaio, mas nesse episódio o PSDB pecou no mínimo por lentidão", afirmou Cunha Lima nesta semana.

Torres disse que o partido precisa "urgentemente" direcionar o foco e esforços para a solução das crises econômica e fiscal, na "fuga de investidores" e nos desdobramentos do esquema de corrupção na Petrobras. "É preciso orientar as bancadas no sentido de afastamento e condenação a todos os denunciados nos escândalos sob investigação, cujas culpas tenham sido comprovadas", afirmou o secretário-geral do PSDB.

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