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Ocupação da Secultfor aceita adiar outras pautas caso RC amplie edital

A oferta simboliza flexibilização da pauta do grupo, que pede R$ 4 milhões para o Edital das Artes. Ativistas estão reunidos com o prefeito nesta quarta

10:29 | 21/10/2015
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Ativistas que ocupam há sete dias a sede da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) afirmaram nesta quarta-feira, 21, que deixam o prédio da pasta caso a Prefeitura amplie para R$ 4 milhões o valor do Edital das Artes para o próximo ano. A oferta simboliza flexibilização da pauta do grupo, que concorda em adiar outras reivindicações em troca do acordo imediato.

“Temos muitas pautas, o edital é só uma delas. Mas entendemos que, para a gestão, ceder em muitos pontos de uma vez não é viável. Então centramos a questão do Edital, que é mais emergencial", disse Ari Areia, um dos representantes do movimento.

Ele destaca que, posteriormente, demais pautas seriam retomadas em conversas com o prefeito. "Na hora que ele disser que fechou acordo, a gente arruma nossas coisas e vai embora", afirma.

> Leia também: artistas manifestam apoio à ocupação na Secultfor

Guarda Municipal está no local

Pela manhã, presença da Guarda Municipal na Secultfor foi ampliada. Cinco representantes do movimento estão, desde as 9h desta quarta, em reunião com o prefeito Roberto Cláudio (PDT) no Paço Municipal. Até agora, oferta da Prefeitura é de regulamentar o Edital das Artes em lei, já prevista no orçamento, e valor de R$ 1 milhão para o próximo ano.

[SAIBAMAIS 3]Ocupação

Ocupação na Secultfor fez sete dias nesta quarta. Insatisfeitos há meses com a política cultural da gestão, ativistas ocuparam a Secultfor após anúncio do valor do edital para 2016. Artistas afirmam que o valor é insuficiente para cobrir 13 modalidades artísticas. Comissão enviada para reunião com o prefeito nesta quarta tem permissão para negociar acordo com a gestão.

Ari Areia afirma ainda que a ocupação da Secultfor é “apenas o início” de uma nova cobrança de artistas pela política pública de cultura do Município. “Temos outras pautas, nosso diálogo é pela construção de uma política de cultura pública para a cidade. Isso está só começando. Queremos discutir escola pública de teatro, fundo municipal, outras questões”, disse.

Na última segunda-feira, Roberto Cláudio classificou grupo como "militância" de partidos da oposição. Ele se disse "surpreso" com a ocupação, que diz ter partido de pauta positiva da gestão. "É um recurso adicional, que não estava previsto em orçamento", para a cultura. É uma coisa positiva", destaca. 

Redação O POVO Online
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