Ayres Britto diz que não foi sondado para defender Dilma em impeachment
Em várias ocasiões, Ayres Britto já se manifestou contrariamente a concordar com a abertura de um processo de afastamento de Dilma por fatos referentes ao mandato anterior. "O cargo é o mesmo, as funções são as mesmas, mas o mandato não é o mesmo. Nova eleição, nova diplomação, nova posse e novo compromisso", reafirmou.
O ex-presidente do STF não quis se aprofundar quanto ao fato de que a oposição poderia incluir nos pedidos de impeachment o parecer do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Julio Marcelo de Oliveira, que atestou ter havido a continuidade das chamadas pedaladas fiscais em 2015.
"Aí é outra conversa", limitou-se a dizer Britto, ao ressalvar que não quer entrar no "mérito da resposta".
O advogado Flávio Caetano, responsável pela defesa de Dilma, classificou mais cedo como "leviandade" usar o parecer de um procurador do TCU para tentar afastar a presidente. Para ele, não se pode fazer aditamentos "infinitos" aos pedidos e, se isso ocorrer, não descarta recorrer na própria Câmara ou ao Supremo Tribunal Federal (STF) para barrar a iniciativa.