Aliados manobram para blindar Cunha
Como a lista dos 21 titulares do Conselho já está fechada e seus membros só podem ser substituídos em caso de renúncia ou morte, a margem de manobra está nas vagas remanescentes de suplentes. O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), indicou na quarta-feira, 14, os deputados Carlos Marun (MS) e Manoel Júnior (PB) por sugestão de Cunha, que nega a manobra. "Quem indica é o líder do PMDB", disse o presidente. Marun é um dos defensores mais contundentes de Cunha, tanto no plenário quanto nas sessões da CPI da Petrobrás, onde alega a presunção de inocência de seu correligionário. Os suplentes participam dos debates, mas só votam na ausência dos titulares.
Aliados calculam que Cunha tem hoje entre 11 e 14 dos 21 votos do Conselho, sem contar com o do presidente José Carlos Araújo (PSD-BA), que só se manifesta em caso de empate.
No momento em que novas denúncias contra Cunha se somam às investigações da Lava Jato, a CPI da Petrobras se prepara para encerrar seus trabalhos. O parecer final será apresentado na segunda-feira, 19, e a votação do texto será na quinta, 22.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.