Dilma se reúne com deputados em busca de apoio a medidas de ajuste no Orçamento
A maior parte dos projetos anunciados na segunda-feira depende do aval do Congresso para ser concretizada. O mais polêmico deles é o retorno da CPMF, e o Executivo espera contar com a ajuda de Estados e municípios para levá-la adiante. A ideia é que governadores e prefeitos pressionem as bancadas na Câmara e no Senado para aumentar a alíquota de 0,20% durante a tramitação da proposta para, desta forma, ficarem com parte do total arrecadado. Da maneira como a proposta que restabelece a CPMF foi apresentada inicialmente, toda a alíquota ficaria com a União.
A estratégia do governo federal foi posta em prática já na noite desta segunda-feira, quando a presidente jantou com governadores para pedir apoio às medidas. Ao longo do dia de ontem, Dilma já havia entrado pessoalmente nas negociações ao fazer contato com diversas lideranças do Legislativo.
Além da prever a volta da CPMF, o pacote anunciado ontem pelo governo inclui um corte de R$ 26 bilhões nas despesas, adia reajustes a servidores públicos e eleva vários impostos, na tentativa de reverter o déficit de 0,5% do PIB (R$ 30,5 bilhões) no Orçamento de 2016 e alcançar um superávit de 0,7% no próximo ano - o equivalente a R$ 34,4 bilhões. Às 14 horas desta terça-feira, está prevista a reunião da presidente com as lideranças do Senado.