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Cortes na educação atingem Pronatec e Ciências sem Fronteiras

As novas bolsas dependem do orçamento, disse o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro. Pronatec poderá alcançar 50% da meta, em 2016

09:29 | 04/09/2015

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, não negou nem confirmou ao O POVO o "congelamento" do Ciências sem Fronteiras.

Os recursos definidos pela equipe econômica para o programa em 2016 foram reduzidos de R$ 3,5 bilhões para R$ 2,1 bilhões. Com o corte, de 40%, os recursos seriam suficientes apenas para a manutenção dos estudantes que já estão no exterior. “O que estamos tentando fazer é procurar soluções efetivas e eficazes com pouco custo”, avaliou o ministro.

O POVO Online procurou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável pelo Ciências se Fronteiras, que apontou um orçamento para 2016 suficiente para custear 13.330 bolsas entre graduação e pós-graduação.

Já o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que também promove o fomenta à pesquisa, prevê recursos para outros 22.610 benefícios do Ciências sem Fronteiras.

O Programa foi lançado em julho de 2011 e se tornou uma das principais propagandas da presidente Dilma na educação. Ano passado, foram abertas 101 mil vagas, e o compromisso do 2° mandato foi criar mais 100 mil bolsas.

Segundo a Capes, de julho a setembro deste ano estão viajando para 21 países mais de 14 mil alunos da modalidade de graduação (bolsas Capes e CNPq). Os bolsistas foram selecionados no final de 2014 pelas últimas chamadas de graduação da 1° fase do programa.

As modalidades da pós-graduação (doutorado pleno, doutorado-sanduíche e pós-doutorado) tiveram dois cronogramas de inscrição este ano: um com inscrições encerradas em 23/4/2015 e outro em 21/8/2015.

Pronatec

O orçamento definido para o programa federal de formação inicial e continuada Pronatec poderá alcançar, em 2016, 50% da meta do governo Dilma Rousseff (PT). O corte nos gastos da Esplanada, conforme o jornal Folha de S. Paulo, impossibilitarão o objetivo do governo de atingir 12 milhões de novos participantes no segundo mandato.

Para o próximo ano, a expectativa é de uma oferta de 5 milhões de novas vagas em cursos técnicos do Pronatec. Neste ano, o número chegou a cerca de 1 milhão, 66,6% a menos do que a oferta de 2014, de 3 milhões. O custo total do programa, neste ano, chega a R$ 4 milhões, somando matrículas em andamento.

 

Redação O POVO Online
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