Presidente da Câmara de Porto Seguro fala em pegar armas para defender Dilma
As mensagens foram postadas após as manifestações ocorridas na cidade contra o impeachment de Dilma, organizadas por entidades da base do governo, em todo o país, na quinta-feira, 20.
"Se for preciso, pegaremos em armas para defender a democracia e o governo eleito democraticamente pelo povo", dizia um dos textos enviados pelo chefe do legislativo de Porto Seguro.
Pouco depois, em outra mensagem, Brasil voltou a afirmar que pegaria em armas e lembrou que na época da ditadura líderes que hoje fazem oposição ao governo, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador José Serra, ambos do PSDB, foram exilados.
Élio é também dirigente do sindicato que representa funcionários de hotéis e restaurantes da região e filiado à CUT.
Tal e qual o dirigente nacional da entidade, o vereador se justificou afirmando que usou o termo "pegar em armas" no sentido figurado, e justificou o discurso em tom mais áspero à pratica nos movimentos sociais e sindical, dos quais é originário.
"Quando falamos em armas não nos referimos a fuzis e outros equipamentos bélicos similares, mas às armas de sempre dispuseram os movimentos sociais, como mobilizações, conscientização da população, greve e outras ações do tipo. Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para garantir o mandato legítimo da presidente Dilma, com cerca de 54 milhões de votos", voltou a frisar.
Élio Brasil disse também que em razão da vida parlamentar ativa, sequer tomou conhecimento das palavras proferidas por Vágner Freitas e que tudo não passou de coincidência. "Somente após o meu discurso é que fiquei sabendo da declaração do presidente da CUT", comentou.
O presidente da CUT se posicionou favorável ao uso de armas e trincheiras nas ruas ao discursar, durante evento com movimentos sociais no Palácio do Planalto, na quinta-feira, 13. Mandando "um recado aos golpistas", Freitas disse que, se os adversários da presidenta Dilma Rousseff insistirem na tese do impeachment, um "exército" armado irá às ruas para defendê-la.
Logo depois, o dirigente desconversou afirmando que usou uma "figura de linguagem" e não pretendeu incitar a violência.