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Denunciado na Lava Jato, Collor dispara acusações contra Janot em sabatina

Caso aprovada pela CCJ, recondução de Janot pode ir a plenário já nesta quarta

11:59 | 26/08/2015
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou com veemência nesta quarta-feira, 26, existência de qualquer "acordão" com governo ou aliados para interferir no andamento da Operação Lava Jato. Janot é alvo de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.

Até agora, momento mais tenso foi protagonizado pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Em sua fala, Collor disparou uma série de acusações contra o sabatinado, inclusive de ter advogado para uma empresa privada enquanto atuava como subprocurador-geral da República. Collor também colocou sob suspeição contratos do MP para aluguel de imóvel e com uma empresa de comunicação.

Acusações

Collor acusa Janot de vazar para a imprensa informações que tramitavam em segredo de Justiça e questionou nomeação de servidora de nível médio para ocupar cargo de nível superior no cerimonial do Gabinete do PGR.

Rodrigo Janot negou as acusações de Collor, ressaltando decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) pela regularizadade das contas. O procurador também negou ter feito vazamento de informações à imprensa. "Não tenho atuação midiática". Janot registra que Constituição autoriza membros do MP que entraram na carreira antes de 1988 a advogar.

Encontro entre Janot e o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) era grande expectativa da sabatina. No início deste mês, o procurador-geral denunciou Collor por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. O senador, por sua vez, tem questionado procedimento e caráter de Janot reiteradas vezes da tribuna do Senado.

Veja ao vivo a sabatina de Janot no Senado:

[VIDEO1] 

[SAIBAMAIS 3]Acompanhe cronologia da sabatina:

13h: Fernando Collor (PTB-AL) acusou Janot de ter advogado para uma empresa privada enquanto atuava como subprocurador-geral da República. Ele perguntou se o sabatinado considera isso moralmente aceitável. Collor também colocou sob suspeição contrato sem licitação firmado entre o MP e a empresa de comunicação Oficina da Palavra. Collor também questionou Janot sobre aluguel de imóvel para anexo da Procuradoria-Geral da República. O senador afirma que o procurador alugou uma mansão, em Brasília, por R$ 67 mil mensais, sem licitação.

11h47min: O senador Blairo Maggi (PR-MT) questionou o valor das diárias pagas pelo MP. Janot disse que houve aumento de diárias por conta da cooperação internacional feita pelo órgão. Em resposta, Janot atesta que, depois dos acordos de cooperação internacional firmados pelo MP com outros países, o órgão já conseguiu repatriar e bloquear no exterior cerca de US$ 740 milhões.

11h29min: Ao responder o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o procurador-geral negou com veemência a chance de um "acordão" com governo e aliados para interferir nos processos relacionados à Lava Jato.

11h04min: O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) questiona Janot sobre a questão das chamadas "pedaladas fiscais" do governo federal. Em resposta a Aloysio Nunes, Janot disse que aguarda informações da Presidência da República sobre as “pedaladas fiscais”. Representação de partidos da oposição sobre o assunto foi apresentada em maio.

10h52min: Janot informou que só 20% dos acordos de delação premiada realizados no âmbito da Lava Jato foram feitos com os réus presos. Ele destacou que a delação é feita de forma espontânea. Ao defender o mecanismo de delação premiada, o procurador-geral disse que o delator não é um "dedo-duro, X9 ou alcaguete", mas alguém que primeiramente confessa a participação em crimes.

10h: A CCJ iniciou pontualmente às 10h a reunião para sabatinar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Questionamentos ligados à Lava Jato devem dominar a audiência, presidida por José Maranhão (PMDB-PB).

Redação O POVO Online
com informações da Agência Senado
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