Começouna CPI da Petrobras o depoimento do perito da Polícia Federal, Sérgio Ramalho Rezende. O depoimento acontece após o depoimento de três horas do presidente da Mitsui no Brasil, Shinji Tsuchiya.

Rezende é um dos três policiais chamados à CPI para explicar a interceptação de mensagens telefônicas entre Youssef e o executivo da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho. Também serão ouvidos hoje os delegados José Navas Júnior, Ricardo Hiroshi Ishida e Sérgio de Arruda Costa Macedo.

A defesa do empresário alegou que houve grampo ilegal, já que eles trocavam mensagens de texto por meio de aparelhos Blackberry. Tais celulares têm um sistema próprio para troca de mensagens de texto e, como os servidores que dão suporte ao sistema ficam no Canadá, teoricamente a polícia brasileira não poderia ter acesso ao seu conteúdo.

No depoimento anterior, o executivo da Mitsui negou envolvimento da empresa japonesa com o esquema de corrupção na Petrobras. No final do depoimento, Tsuchiya contou que a Toyo Engenharia tem participação minoritária na Mitsui, mas que não há interferência administrativa entre as duas empresas. O delator Júlio Camargo, além de atuar como agente da Samsung Heavy Industries, também era consultor da Toyo.