MP quer anular sessão que absolveu envolvido no "Escândalo das Vassouras"
Sessão da Câmara de Juazeiro teve voto secreto, o que fere a Constituição. Antônio de Lunga é acusado de coordenar compra exagerada de materiais de limpeza
O escândalo, que ficou conhecido ainda como “farra do sabão”, envolvia superfaturamento de compra de itens de limpeza na Câmara de Juazeiro, incluindo 4,2 mil vassouras. Segundo os promotores Breno Rangel e Igor Pinheiro, responsáveis pelo caso, sessão que absolveu Lunga deveria ter sido feita com voto aberto, conferindo-se “ampla publicidade” da decisão da Casa.
[SAIBAMAIS 3]O voto secreto contrariaria, segundo MP, mandamento constitucional. Lunga é apontado pelo órgão como coordenador do esquema de compra exagerada de produtos de limpeza, avaliada em R$ 78 mil. O caso foi denunciado em agosto de 2013. Logo após a denúncia, o vereador – que era presidente da Câmara – chegou a reconhecer “exagero” na compra.
Lunga nega, no entanto, quaisquer irregularidades na compra dos itens. Segundo ele, existiriam notas fiscais originais e licitações para todas as compras. O MP contesta diversos dos documentos apresentados pelo vereador.
Nos últimos dias, várias ações foram ajuizadas pelos promotores atuantes na área de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa no Município de Juazeiro do Norte. Em junho deste ano, o prefeito do município, Raimundão (PMDB), foi afastado pela Justiça após denúncia do órgão de que ele teria superfaturado compra de imóvel no município. (com informações do MP-CE)
Redação O POVO Online