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Marcelo Odebrecht e executivos ficarão em silêncio, diz empreiteira

15:00 | 17/07/2015
A Odebrecht divulgou, em comunicado, nesta sexta-feira, 17, que as defesas de seu presidente, Marcelo Odebrecht, e de quatro dirigentes - Márcio Faria, Rogério Araújo, Alexandrino Alencar e César Ramos Rocha, todos afastados de suas funções - entregaram à Polícia Federal petição informando que seus clientes "exercerão seu direito constitucional de permanecer em silêncio durante os depoimentos marcados".

O presidente da Odebrecht e os executivos foram intimados para depor à tarde na PF em Curitiba, base da Lava Jato, no inquérito que investiga suposto envolvimento da empreiteira no esquema de corrupção e cartel que se instalou na Petrobras entre 2004 e 2014. Eles foram alvo da Erga Omnes, a 14ª etapa da Lava Jato.

Na manhã desta sexta, o empreiteiro depôs especificamente sobre o bilhete manuscrito por ele em que dizia 'destruir e-mail sondas' e que foi copiado pela PF na Custódia da corporação em Curitiba na manhã de 22 de junho. Mas à tarde, no inquérito Erge Omnes, Marcelo Odebrecht e os outros deverão ficar em silêncio, segundo o comunicado da companhia.

A empreiteira atribui à PF 'coação injusta' e 'cerceamento do direito de defesa'. "Desde a instauração do inquérito que envolve a Odebrecht, em outubro do ano passado, dirigentes e funcionários do grupo sempre estiveram à disposição das autoridades para esclarecer os fatos sob investigação", diz o comunicado.

A Odebrecht assinala que Marcelo Odebrecht, Marcio Faria, Rogério Araújo e Alexandrino Alencar já prestaram depoimentos em inquéritos no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça. "Ainda assim, a Polícia Federal nunca os convocou para esclarecer o assunto investigado neste inquérito. Nem um único depoimento foi marcado. Eis que agora, com os peticionários presos há quase um mês e no apagar das luzes do inquérito, subitamente surge o interesse em ouvi-los no último dia do prazo de encerramento da investigação."

A petição é subscrita pelos criminalistas Dora Cavalcanti e Augusto de Arruda Botelho. "É absolutamente inaceitável aproveitar-se de todo o constrangimento inerente à prisão cautelar", protestam.

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