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"Eu não vou cair, isso aí é moleza", diz Dilma a jornal

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a presidente negou deixar o cargo e desafiou opositores a provarem ligação sua a casos de corrupção

11:21 | 07/07/2015
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Em meio a pior crise política de seus quatro anos e meio de mandato, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta terça-feira, 7, que não deixará o cargo e desafiou opositores a comprovarem ligação sua a casos de corrupção. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a petista afirmou ainda não ter medo de setores da oposição “um tanto golpistas”.

“Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso é moleza, isso é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar”, disse Dilma, que diz não existir base para um pedido de impeachment. “Não me atemorizam”, disse, com dedo erguido.

[SAIBAMAIS 3]Ela desafiou ainda que opositores que pedem seu impeachment provem sua relação com quaisquer irregularidades. "Vão provar que algum dia peguei um tostão? Vão? Quero ver algum deles provar".

A presidente comentou ainda boato espalhado na internet de que ela teria tentado se matar. "Eu não quis me suicidar na hora que eles estavam querendo me matar lá (re referindo ao período em que ficou presa na ditadura), a troco de que eu quero me suicidar agora?”. Na época dos boatos, perfil da Presidência na internet desmentiu a informação.

Crise política

Clima no Planalto tem se acirrado desde semana passada, após citação de campanhas do PT na delação de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC, na Operação Lava Jato. Neste domingo, convenção do PSDB centrou ataques na gestão da petista, com tucanos se dizendo "preparados" para assumir o governo. A presidente também tem sido alvo de questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU).

Na entrevista, a presidente também comentou a Lava Jato. Ela defendeu as investigações, mas criticou “excessos”. "Agora excesso, não [aceito]. Comprometer o Estado democrático de direito, não. Foi muito difícil conquistar. Garantir direito de defesa para pessoas, sim”, disse. (com informações da Folha de S. Paulo)

Redação O POVO Online
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