Braskem nega recebimento de pagamentos indevidos em contratos com a Petrobras
Para a petroquímica, a base das acusações da denúncia "é a mesma anteriormente divulgada pela mídia, sobre as quais a companhia já publicou dois fatos relevantes e comunicados".
No documento enviado nesta manhã ao mercado, quanto aos alegados prejuízos à Petrobras decorrentes do contrato de nafta assinado em 2009, a Braskem ressalta que a própria Petrobras reconhece formalmente que a fórmula de preço era compatível com o seu custo de oportunidade para o produto e também que a necessidade de importação de nafta decorreu de sua decisão "unilateral" de destinar a produção nacional da matéria-prima já contratada para atender ao aumento de demanda do setor de combustível.
Na última sexta-feira, 24 de julho, a Justiça Federal do Paraná decretou nova prisão preventiva da cúpula da Odebrecht, controladora da petroquímica, incluindo a do presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Além disso, o executivo foi denunciado criminalmente pelo MPF.
Na própria sexta-feira a Braskem emitiu nota de esclarecimento de que a negociação do contrato de nafta em 2009 foi feita pela Petrobras simultaneamente com a petroquímica e com a sua concorrente à época, a Quattor. Segundo o comunicado, as duas empresas assinaram contratos com a Petrobras em condições idênticas e, portanto, tiveram acesso à matéria-prima nas mesmas condições. A Braskem diz ainda que "não faz nenhum sentido falar em R$ 6 bilhões de prejuízo à Petrobras a partir do conhecimento técnico do mercado de combustíveis e petroquímicos brasileiros".