PF suspeita que campanha de Pimentel omitiu do TSE pagamento a gráfica
Na primeira fase da Acrônimo, a PF encontrou cinco notas fiscais referentes a confecção de 34 milhões de santinhos da campanha de Pimentel que custaram R$ 362 mil. Um cruzamento de dados revelou que os documentos "não estão registradas no TSE, seja na prestação de contas do candidato, da direção partidária ou do comitê financeiro único." O objetivo, segundo relatório de inteligência da PF, "seria minorar os gastos da Gráfica Brasil com a campanha de Pimentel, bem como possibilitar que os gastos daquele candidato não atingissem o limite estipulado no início da campanha."
Os investigadores também suspeitam que a campanha apresentou nota fria da gráfica Colorprint para encobrir o verdadeiro prestador de serviços, a Gráfica Brasil. A Colorprint teria, segundo registrou a campanha, impresso panfletos de Pimentel com os slogans "Competência para fazer melhor" e " Ouvir para fazer melhor". Contudo, essa empresa "aparentemente não teria condições de produzir o serviço encomendado e pode ter sido utilizada somente para tirar o foco de toda a produção da Gráfica Brasil para a campanha de Fernando Pimentel".
Uma ordem de serviço indicava a produção de 2,5 milhões de santinhos, mas a nota fiscal indicava uma produção de 250 mil. O Comitê Financeiro Único do PT/MG repassou R$ 1,58 milhão em serviços gráficos e publicidade para a Colorprint "a despeito de se tratar de uma microempresa e com apenas um funcionário formalmente registrado." Outro exemplo é uma ordem de serviço de R$ 25 mil e custo de R$ 140 mil , enquanto que a nota fiscal correspondia a produção de metade dos santinhos no valor de R$ 71.250,00.