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OAB-CE decide interpelar judicialmente ex-presidente do TJ-CE

A entidade quer informações sobre o esquema de venda de sentenças denunciado por ele. De acordo com Valdetário, acusações sem provas "pôem em dúvida honra de todos os magistrados"

17:57 | 12/06/2015
A seção cearense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) decidiu interpelar judicialmente o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), desembargador Luiz Brigido. De acordo com sua assessoria de imprensa, a entidade busca informações sobre o esquema de venda de habeas corpus denunciado pelo magistrado em 2014.

[SAIBAMAIS 2]O presidente do Tribunal de Ética da OAB-CE, José Sampaio, afirma que a falta de provas teria sido responsável pelo encerramento de processos dentro da entidade e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “O Tribunal de Ética solicitou via Conselho Seccional as provas necessárias sobre o caso, mas não recebeu nada do Tribunal de Justiça. Então, foi solicitado ao CNJ que informou não ter recebido do desembargador Brígido quaisquer conclusões de procedimento investigatório, seja administrativo ou judicial”, disse. Segundo o presidente da OAB, Valdetário Monteiro, ao lançar suspeita e não apresentar provas, Brígido “pôs em dúvida a honra de todos os magistrados, advogados e membros do Ministério Público”.

Em fevereiro de 2014, O POVO já havia adiantado que o CNJ está de acompanhava o que vinha ocorrendo durante os plantões da Justiça cearense, e que Brígido já havia sido alertado, por mensagem telefônica, sobre a articulação suspeita de dois advogados para conseguir a liberdade de criminosos de uma quadrilha especializada em assaltos, sequestro e tráfico de drogas. Para cada liminar concedida, desembargadores receberiam R$ 150 mil. Em maio, ele enviou evidência do esquema ao CNJ

A reportagem tentou entrar em contato com Brígido. Entretanto, as ligações não foram atendidas.

Redação O POVO Online
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