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Jaques Wagner não vê problemas em Relações Institucionais continuar com PMDB

19:10 | 10/06/2015
O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que não importa se a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que cuida da coordenação política, está com o PMDB, como agora, sob a coordenação do vice-presidente Michel Temer, ou com o PT, como estava antes. Para Wagner, o importante é que haja "compartilhamento de responsabilidades" porque "todo mundo sabe que em um governo de coalizão, a estabilidade política é fundamental na relação com o Congresso". O ministro elogiou ainda a atuação de Michel Temer e disse que "não vê nenhum problema" que o PMDB permaneça na SRI.

A discussão veio à tona porque o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, está defendendo a nomeação de um ministro para a SRI, sob a justificativa que está chegando o momento de distribuição das emendas e é preciso que tenha alguém que cuide 24 horas por dia disso. Hoje, Temer divide o trabalho com o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha.

Ao ser questionado se achava que a SRI tinha de voltar para o PT, que tem se queixado de perda de poder no Planalto, Jaques Wagner respondeu que não e ressaltou que não vê nenhum problema da manutenção do PMDB na coordenação política. "Eu não acho que tenha este problema. Eu fui daqueles que defendi que a gente compartilhasse as responsabilidades", emendou.

"O PT é o maior partido, o PMDB é o segundo maior partido. Há inteligência nos dois partidos para saber que ninguém pode, como se diz na gíria nordestina, só coçar para dentro. Ninguém pode se sentar na cadeira da SRI e querer trabalhar para o seu partido. Tem de trabalhar para uma coalizão e trabalhar para a presidenta da República. O fato de ter lá alguém do PMDB eu acho que é um dado positivo de compartilhamento. Mas, agora, o PMDB na SRI ou o PT na SRI sabe que não pode trabalhar só para o PMDB ou só para o PT, tem de trabalhar pelo conjunto partidário. Eu não vejo nenhum problema na manutenção do PMDB lá", afirmou.

As declarações do ministro foram dadas após a inauguração da maquete do caça Gripen, comprado pelo Brasil, na Esplanada dos Ministérios.

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