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Com aval de Dilma, Chioro já negocia nova CPMF

A proposta é que haja um piso para a incisão do imposto. %u201CÉ preciso dar sustentabilidade ao sistema%u201D, afirmou o ministro da Saúde

13:55 | 12/06/2015

Depois de a corrente majoritária do PT ter dado apoio, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, já começa a negociar com governadores a recriação de um imposto para financiar exclusivamente a Saúde, a exemplo do que deveria ter sido a antiga CPMF. De acordo com o portal Folha de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff (PT) também apóia a proposta. Entre os Executivos estaduais, um dos maiores defensores da proposta era o governador cearense, Camilo Santana (PT).

Chioro afirmou, durante o 5º Congresso Nacional do PT, em Salvador, que já havia conversado com diversos governadores e que a proposta é que haja um piso para a incisão do imposto. “É preciso dar sustentabilidade ao sistema”, afirmou. A proposta do governo deve ser apresentada no segundo semestre.

Entretanto, se Camilo é um dos principais defensores da proposta, entre os próprios petistas cearenses, ela encontra críticas. Segundo o portal O Globo, José Guimarães, líder do partido na Câmara, afirmou que a proposta deve ser retirada do documento final. O temor é que o tributo possa piorar a popularidade do partido junto à classe média.

 

A proposta de nova CPMF foi apresentada pela corrente "Partido que Muda o Brasil", que representa quase 55% da sigla, incluindo o presidente nacional, Rui Falcão.

 

BERZOINI

A nova CPMF é uma demanda que o Camilo vem apresentando desde antes de sua posse. Segundo ele, a estrutrura física que os Estados e municípios tem que financiar vem crescendo em ritmo mais acelerado que os repasses da União.

Em uma de suas primeiras idas ao Planalto, como governador eleito, Camilo apresentou a proposta ao então ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini (PT), que a abraçou. Ficou combinado que, para poupar a presidente do desgaste de apresentar a proposta de um novo tributo, a ideia seria apresentada pelo prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), então presidente da Frente Nacional de Prefeitos. Entretanto, o fim do mandato do pedetista e saída de Berzoini da articulação política acabaram por interromper as negociações.

Redação O POVO Online
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