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Carta de Salvador Foi vitoriosa, afirma Rui Falcão

20:10 | 11/06/2015
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, anunciou nesta quinta-feira, 11, que o documento proposto pela chapa majoritária do partido, a "Carta de Salvador", foi vitorioso e será de fato o texto-base para a resolução que sairá do 5.º Congresso Nacional do partido. "Foi vitoriosa ao final dos debates, a tese Carta de Salvador. Não foi necessário contar votos porque no contraste visual se verificou que essa tese reunia a maioria dos delegados", anunciou.

O documento, conforme adiantado pelo portal do Estadão, propôs "uma nova política de alianças", ancorada por uma frente de partidos e movimentos sociais, para disputar a sucessão da presidente Dilma Rousseff em 2018. A Carta também propôs um texto com críticas mais atenuadas à política econômica do governo.

Falcão falou sobre a proposta de frente ampla de alianças, dizendo que há a necessidade de uma governabilidade que vá além do Congresso Nacional. Ele argumentou que o País tem hoje um Congresso "conservador", fruto de um sistema eleitoral complexo - que demandaria uma verdadeira reforma política.

"Existe uma outra governabilidade que estamos construindo, que é o apoio na sociedade. Isso que vocês chamam de 'PTCutismo' (aliança com a Central Única dos Trabalhadores), nós nos orgulhamos muito de ter ajudado a criar a CUT", afirmou. "Criar com calma, com diálogo, uma ampla frente social, popular, prática, para ajudar o governo a promover reformas estruturais no País", completou. Ele citou como exemplos de reformas necessárias a política, a tributária e agrária.

O presidente do PT ressaltou que a proposta de ir para as próximas eleições com esse novo arco de alianças, não significa qualquer iniciativa para esconder o partido - que vem perdendo popularidade. "Essa frente não é para esconder a sigla do PT, não é uma frente eleitoral, é uma frente social, de movimento. O PT se apresentará nas eleições de 2016 com as suas características, com sua estrela e com o seu número 13", afirmou.

Entre sexta e sábado, as correntes partidárias elaborarão as propostas de emendas ao texto que serão então votadas.

"O congresso está muito quente do ponto de vista de ideias, tem muita polêmica positiva", comentou o dirigente. Segundo Rui Falcão, até o início de sua coletiva de imprensa, por volta de 17h30, havia 525 delegados presentes, de um total de 800. Ele relativizou o número de presentes, dizendo que o credenciamento de delegados tinha filas ainda e que vai continuar até amanhã.

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