O Partido Verde (PV) rejeitou o sistema eleitoral denominado "distritão", incluído na Proposta de Emenda à Constituição nº 14, a PEC da Reforma Política, por determinação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Com isso, cresce a rejeição ao modelo ao modelo eleitoral no qual deputados e vereadores mais votados sejam eleitos - sem a transferência de voto dentro dos partidos ou voto de legenda nas eleições proporcionais.

Em nota divulgada nesta terça-feira, 26, a bancada do partido com oito parlamentares disse ser "doutrinariamente" contrário ao sistema sugerido por Cunha. "O distritão representa a maior agressão à democracia. É um vírus demolidor de partidos. Este sistema transforma a política numa profissão. Se for aprovado, vai distanciar ainda mais a população brasileira do parlamento", disse o presidente nacional do Partido Verde, deputado Penna (SP).

O distritão existe em pouco países, entre eles o Afeganistão, o que tem aumentando a rejeição. Os críticos do sistema afirmam que o distritão pode estimular o personalismo, concentrando votos em candidatos famosos e com mais recursos para publicidade, enfraquecendo os partidos e a representação de minorias no Congresso.

O PV registrou, ainda, que votará favorável ao chamado distrital misto, sugerido pelo PSDB e que busca combinar o sistema distrital (vitória dos mais votados por região), com o proporcional (voto em partido).