Cunha: parte de crítica de Renan ao Temer é incorreta
Entretanto, Cunha minimizou que o PMDB tenha rachas internos. "Como o próprio nome diz, em um partido é normal que se tenha divergências. Mas diferente do PT, que tem cerca de umas 15 correntes dentro do próprio partido, o PMDB não tem. Cada um tem o direito de que uma opinião", disse.
Sobre o pleito de impeachment de Dilma, defendido por alguns partidos da oposição, Cunha declarou que querer debater o tema é furtar debate correto do assunto. "Impeachment é inconstitucional, mas se tem alguém insatisfeito, que espere a próxima eleição para resolver a situação", falou. Para ele, o que ocorre hoje é uma queda de popularidade da presidente frente ao não cumprimento de promessas de campanha.
Ele ainda comentou que hoje o País vive uma crise de presidencialismo. "Se vivêssemos no parlamentarismo, a solução para a insatisfação com a presidente seria outro. Mas o que a Dilma está vivendo é a mesma situação que Fernando Henrique Cardoso (FHC) viveu em seu segundo mandato e ele sofreu muito", declarou. Ele destacou a importância das pessoas prestarem mais atenção em quem vão votar nas eleições, para depois não esperar quatro anos para resolver a insatisfação.
Reforma política
Na palestra com pecuaristas, fornecedores e autoridades, que conta agora com a presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Cunha ainda disse que, apesar de não ter certeza do que pode ser aprovado da Câmara sobre reforma política, tem a sensação de que o que pode ser aprovado de imediato é um modelo de voto distrital. "Se não passar, dificilmente não passa outro modelo. Já o voto distrital misto é utopia. Mas o que vai acontecer é difícil", declarou.