CCJ aceita indicação de advogado de Cunha para conselho do Ministério Público
Durante a sabatina, Rocha foi questionado por senadores se essa ligação com Cunha não o impediria de atuar com independência no órgão, responsável pela fiscalização administrativa, financeira e disciplinar do Ministério Público e de seus membros. "Eu queria que fosse esclarecido aqui como não interpretar essa designação de vossa senhoria como uma articulação do presidente da Câmara dos Deputados contra uma instituição do Estado democrático de direito que é o Ministério Público Federal", disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Em sua defesa, o advogado negou que seja o candidato escolhido de Cunha e disse que foi ele quem buscou a indicação para o conselho. Rocha também afirmou que não aceitaria servir como "retaliação". "Eu quis ser candidato há mais de quatro anos. Então, atuarei com independência e não servirei de instrumento de retaliação de forma alguma", disse.
Apesar dos questionamentos, Rocha foi aprovado com o voto favorável de 12 dos 15 presentes na CCJ. A indicação, feita pela Câmara, segue para votação no plenário do Senado.