O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), foi reeleito com a maior votação já obtida por um candidato em 1.º turno na cidade desde a redemocratização. O peemedebista teve 2.097.733 votos, o que representa 64,60% do eleitorado.

Com a conquista, o PMDB fatura sua quarta vitória majoritária consecutiva no Rio - duas de Paes e duas de Cabral - e confirma sua hegemonia no Estado, que tem o terceiro maior colégio eleitoral do País.

O prefeito carioca obteve a segunda melhor votação proporcional entre os candidatos das capitais brasileiras. Ficou atrás apenas do também prefeito reeleito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), que teve 65,22%.

Principal adversário de Paes, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) ficou com 914.082 votos (28,15% do total). Sem coligações partidárias e com apenas 1 minuto e 22 segundos de tempo de TV, ele superou as expectativas de seu próprio partido, que projetava 15% dos votos antes do início da campanha. Sua Primavera Carioca não conseguiu forçar o 2.º turno, mas obteve mais votos do que a também surpreendente Onda Verde de Fernando Gabeira (PV), que teve 25,61% dos votos válidos em 2008 - nesse pleito, Paes acabou vencendo no segundo turno com uma diferença de apenas 55 mil votos (1,66%).

Os demais candidatos somaram 7,25%. O destaque negativo ficou para o desempenho da chapa patrocinada pelo ex-prefeito Cesar Maia (DEM) e pelo ex-governador Anthony Garotinho (PR). Seus filhos, Rodrigo e Clarissa, respectivamente, tiveram apenas 2,94% dos votos, na terceira posição. O tucano Otávio Leite confirmou a irrelevância do PSDB no Rio, com 2,47%, na quarta posição. E Aspásia Camargo (PV) teve 1,27%. Votos brancos e nulos somaram 13,51%.

"A gente sabe que ainda tem muita coisa para fazer", disse o prefeito, na residência oficial da Gávea Pequena, logo após a totalização dos votos confirmar sua reeleição. "Tem uma parcela da população que ainda não recebeu os serviços e a presença da prefeitura que merecia. Quero dizer para o povo desta cidade que eles vão me ter trabalhando muito. Dando a cara a tapa, me dedicando, cobrando, buscando acertar sempre e não tendo medo de voltar atrás quando houver alguma atitude errada." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo