Líder da greve da PM é eleito vereador em Salvador
Apesar do resultado, Prisco diz que esperava uma votação ainda mais expressiva. "Nossos principais eleitores foram os policiais militares e muitos foram transferidos para ajudar na segurança das eleições no interior - só de Salvador, foram enviados 2,4 mil", afirma. "A gente tinha potencial para ser o vereador mais votado (o primeiro, Carlos Muniz, do PTN, teve 16.959 votos), mas de qualquer forma foi uma vitória convincente." De acordo com ele, os gastos de campanha foram pouco mais de R$ 1 mil. "Foi só um pouco de material gráfico."
O ex-policial, expulso da corporação em 2002 - um ano depois de liderar a primeira greve da PM no Estado -, agora tem como meta tentar marcar uma reunião com o governador Jaques Wagner (PT). "Assim que assumir, vou enviar um ofício ao gabinete do governador para agendar um encontro para discutir a situação da PM no Estado", afirma. "Ele não me recebe como representante dos policiais, talvez me receba como parlamentar."
Prisco é um representante da renovação da Câmara de Salvador, que passou da metade das vagas. Dos 41 vereadores da atual gestão, 19 foram reeleitos. A eles, somam-se 24 novos legisladores - o número de vereadores foi aumentado para 43. Além de Prisco, tiveram destaque na votação os veteranos Waldir Pires (PT), de 82 anos, ex-governador baiano e ex-ministro, que foi o sexto mais votado, com 13.801 votos, e o atual vice-prefeito, o tributarista Edvaldo Brito (PTB), que ficou em décimo, com 11.966 votos.
Entre os maiores derrotados nas urnas, estão parlamentares que tentavam a sexta ou sétima eleição consecutiva para a Câmara. Nesse grupo estão o atual presidente da Casa, Pedro Godinho (PMDB), e Gilberto José (PDT), que cumprem o sexto mandato, e Sandoval Guimarães (PMDB), que está concluindo sua quinta passagem consecutiva pela Câmara.