A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), disse nesta segunda, 9, que o grupo "Esquerda Socialista", ligado ao ex-presidente do PSB cearense, Sérgio Novais, vem sofrendo um processo de "agressão violenta" por parte dos próprios companheiros de legenda. Luizianne se referiu à perda de espaço da chamada "ala histórica do PSB" desde que os Ferreira Gomes assumiram o comando do partido.

No último dia 5, o PSB barrou a candidatura a vereador de um membro da "Esquerda Socialista", o sindicalista Almir Sousa. O fato gerou mais uma crise entre a ala mais antiga do partido e o grupo liderado pelo governador Cid Gomes. A rejeição da candidatura de Sousa provocou um bate-boca entre Sérgio Novais e o ex-deputado Ciro Gomes na reunião da direção nacional do partido.

Alegando perseguição, Novais e seu grupo político decidiram apoiar o candidato do PT, Elmano de Freitas, à prefeitura de Fortaleza, ao invés de Roberto Cláudio, o candidato do PSB. "Eu tenho o coro grosso e não vou colaborar com esse atraso político representado pelos Ferreira Gomes, que não conseguem conviver com a divergência", chegou a declarar Novais.

Do seu lado, Ciro não deixou barato a decisão do grupo de Novais e classificou a falta de apoio de "irrelevante" e ainda se referiu ao colega de partido como "verme".

Enquanto isso, Luizianne comemora o apoio à candidatura de Elmano e aproveita para alfinetar os adversários: "Tá na nossa coligação quem quer. Na outra, tá quem é obrigado", disse a petista. Ainda segundo Luizianne, com o rompimento da aliança política entre os dois partidos, o PT agora "passa a ter voz própria na Assembleia" e "vai poder se defender dos ataques que sofre" naquela casa legislativa.