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Demóstenes diz que vai recorrer ao STF para recuperar mandato

Em sua conta no Twitter, ele criticou os ex-colegas, disse que não havia provas de relações promíscuas com Cachoeira e prometeu recuperar o mandato

14:22 | 13/07/2012

O ex-senador Demóstenes Torres (GO), que teve o mandato cassado nessa quarta (11) pelo plenário do Senado, disse que vai recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua conta no Twitter, ele criticou os ex-colegas e prometeu recuperar o mandato.

“Vou recuperar no STF o mandato que o povo de Goiás me concedeu”, disse. Demóstenes Torres voltou a criticar o relatório apresentado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), que pedia sua cassação.

“Onde estão as provas dessas relações promíscuas? São as mesmas que o sr. sofreu no escândalo dos sanguessugas?”, disse Demóstenes, se reportando a Costa.

Já o petista, também por meio do Twitter, defendeu a decisão do plenário. “Certos comportamentos não são aceitos na atividade política. Demóstenes Torres tinha um discurso de austeridade, mas relações promíscuas”, disse. “Demóstenes não foi vitima de acusação leviana ou armação política. Fizemos um trabalho cuidadoso. Agora, caberá à justiça analisar o caso”.

Sobre a referência ao escândalo dos sanguessugas, feita por Demóstenes, a assessoria do senador Humberto Costa disse que ele foi investigado em outro episódio, a chamada máfia dos vampiros, mas foi inocentado em 2010.

O Senado aprovou a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres por 56 votos a 19. Ele foi acusado de usar o mandato a favor do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Com a decisão, o goiano, que fica inelegível até 2027, se tornou o segundo senador cassado da história. O primeiro foi Luiz Estevão, que perdeu o mandato em 2000.

Ainda não há data marcada para a posse de Wilder Morais no Senado. Ele não acompanhou a sessão de hoje, que decidiu pela cassação do mandato de Demóstenes, que torna-se inelegível por oito anos contados, a partir do fim do mandato, ou seja, fevereiro de 2019. Demóstenes só poderá poderá concorrer a um cargo político nas eleições de 2028.

Agência Brasil

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