Ciceroneado por Netinho, Haddad vai à zona leste de SP
Sempre ao lado de Netinho, Haddad entrou em lojas e posou para fotos. Enquanto Netinho dispensava apresentações, Haddad dizia seu nome e pedia o apoio do eleitorado: "Sou Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo." "Muito prazer, sou Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, quero pedir o seu apoio", complementava. Aos jornalistas, Haddad garantiu que se sentia à vontade pedindo votos, mesmo ainda sendo desconhecido dos eleitores. "Se você não é conhecido, tem que se apresentar, pedir atenção ao seu nome e a seu trabalho", justificou.
Mais à vontade, Haddad tirou o paletó no meio do caminho e chegou a parar numa loja de instrumentos musicais e posou para uma foto tocando violão ao lado de Netinho, que tocava uma bateria. Aos poucos, Haddad foi chamando a atenção de quem passava nas ruas, principalmente o eleitorado feminino. "Eu vou votar nele, ele é bonito", comentou uma eleitora. "Esse prefeito é bonito", avaliou outra.
Entre beijos e abraços, Haddad parou pra conversar com ambulantes que reclamavam da política da atual gestão em relação ao comércio irregular. "O senhor não vai caçar camelôs não, né?", perguntou um vendedor. Haddad disse ao ambulante que, se eleito, priorizaria o diálogo e acusou a atual gestão de agir com repressão. "Há como acomodar esses interesses, mantendo a calçada para o pedestre e mantendo o comerciante", defendeu o candidato, numa referência à criação de áreas específicas para esses vendedores, como outlets e autorização para instalação de bancas em horários diferenciados.
Ao final da caminhada, Haddad disse que Netinho "abrilhantou" o seu corpo a corpo. Netinho, por sua vez, disse que pretende acompanhar o candidato sempre que possível. "A ideia é essa, apresentá-lo ao povo", confirmou o vereador que tenta a reeleição.
Para a Haddad, a receptividade do eleitorado tem sido "muito boa". Ele acredita que existe um sentimento de mudança entre os paulistanos insatisfeitos com a atual administração. "Esse discurso da continuidade, na minha opinião, não vai se sustentar", apostou.