Procuradora diz que Ministério Público que atua no TCM está se tornando órgão figurativo
Na quinta-feira, TCM rejeitou parecer do Ministério Público e aprovou as contas do prefeito de Mulungu
O embate no plenário do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará (TCM) sobre a aprovação de memorial da cidade de Mulungu gerou atrito entre o Ministério Público de Contas e o TCM. Representante do MPC no Tribunal, a procuradora Leilyanne Feitosa queixou-se de que seu papel naquele órgão está se tornando "figurativo" diante da postura de alguns conselheiros.
Leia mais: TCM rejeita parecer do Ministério Público e aprova contas da Prefeitura de Mulungu
A discussão foi iniciada depois que Leilyanne sugeriu que o relator Ernesto Sabóia revisse o parecer de aprovação das contas daquela cidade, localizada no Maciço de Baturité, já que o MPC já havia desaprovado as mesmas contas.
Recusando-se a alterar a decisão, o conselheiro provocou reação dos colegas e, especialmente, da procuradora Leilyanne.
Segundo ela, a aprovação do memorial de Mulungu pelo conselheiro se deu sem a formulação de documentos que entrem nos autos do Estado. Dessa forma, a discussão sobre o caso é encerrada e o parecer do Ministério Público de Contas é anulado. “Se o caso não está nos autos, não está no mundo”, defende a procuradora, reclamando que o trabalho do Ministério Público tem sido anulado devido à intransigência dos conselheiros.