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Crivella diz que vai aprender a colocar minhoca no anzol

"Deus não chama os mais qualificados, mas qualifica os escolhidos", disse o novo ministro da Pesca, na cerimônia de posse

13:43 | 02/03/2012
O novo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB-RJ), disse nesta sexta, 2, durante cerimônia de posse no Palácio do Planalto que vai aprender rápido a colocar a "minhoca no anzol". Em entrevista à rádio Estadão/ESPN, Crivella admitiu que apesar de nomeado para o Ministério da Pesca, não sabe colocar uma minhoca no anzol. Ele assume no lugar de Luiz Sérgio (PT-RJ), que retorna para a Câmara.

"Colocar minhoca no anzol a gente aprende rápido, pensar nos outros é mais difícil. Muitas vezes, Deus, Ele não chama os mais qualificados, não escolhe os mais qualificados, mas sempre Deus qualifica os escolhidos", discursou o novo ministro, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. "Esse é o espírito do nosso governo: pensar nos outros".

A entrada de Crivella na Esplanada dos Ministérios é uma forma de a presidente Dilma Rousseff aproximar-se da bancada evangélica e fortalecer a candidatura do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que tem sido alvo de religiosos que criticam o kit anti-homofobia preparado durante sua gestão no Ministério da Educação.

"Me senti imensamente grato e honrado (com o convite de Dilma para assumir a pasta), embora confesso que a minha primeira reação tenha sido de surpresa, e o meu primeiro movimento, o de sugerir o nome de um outro próximo do meu partido", disse Crivella, sem dizer qual foi o nome sugerido.

Em discurso na cerimônia, a presidente Dilma Rousseff fez referência à declaração de Crivella. "O senador Crivella tem toda razão, a gente aprende a colocar a minhoca no anzol, o que é difícil de aprender é de fato governar para todos os brasileiros. Esse País, afinal de contas, levou alguns séculos para respeitar todos os cidadãos brasileiros, nunca nós podemos esquecer que temos um legado de escravidão e exclusão no nosso País", disse a presidente.

Agência Estado

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