Carvalho admite que Planalto vive "momento tenso"
Ontem, o governo Dilma sofreu sua primeira derrota no ano no Congresso Nacional, com a rejeição do nome de Bernardo Figueiredo à direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por 36 votos contrários e 31 favoráveis. Isso mesmo depois de a presidente mandar liberar verbas na tentativa de agradar aliados insatisfeitos com o controle sobre gastos dos ministérios e com o aperto na liberação de emendas dos parlamentares.
"As nossas relações com os partidos são duráveis, passam por momentos tensos, por momentos mais calmos", disse Carvalho, após participar de seminário em Brasília. Questionado se esse era um dos momentos tensos, respondeu: "É um momento tenso, mas que vamos dialogar, vamos conversar, entender. Não é hora de nenhuma declaração precipitada, é hora de entender que a democracia implica em vitória, derrota e vamos avançando."
Para o ministro, a relação do governo com os partidos da base aliada é "suficientemente madura" e "bem fundamentada" para a "gente não sair rasgando as roupas de preocupação". "A gente vai com calma, conversar e recompor essa relação", disse Carvalho.
Ao deixar o local do seminário, o ministro mostrou-se confiante de que o governo vai superar esse momento difícil na relação com os partidos.