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Ex-ministro exonerado após dois dias como assessor de prefeito

11:22 | 22/02/2012

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), exonerou o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi do cargo de assessor especial da Prefeitura do Rio de Janeiro em Brasília. A nomeação havia sido publicada na última sexta-feira no "Diário Oficial" do município. O ex-ministro do governo Dilma Rousseff durou dois dias na função.

Como a nomeação ocorreu às vésperas do Carnaval, Lupi, certamente, não teve tempo de fazer alguma coisa. A exoneração foi anunciada pelo prefeito no Sambódromo, na noite de domingo. Ele receberia salário de R$ 8,5 mil.

De acordo com nota oficial divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura, a exoneração foi decidida de comum acordo. Depois que conversaram, Paes e Lupi entenderam "por bem não ser adequado que ele (o ex-ministro pedetista)assuma as funções de assessor no gabinete do prefeito".

O teor do comunicado contrasta com o tom entusiasmado de Lupi, ao falar na sexta-feira sobre a nomeação. "Ele (Eduardo Paes) quer que eu faça um trabalho pelos interesses do Rio, possíveis emendas, projetos. Fazer a ponte com Brasília. Como fui ministro e tenho boa relação com todo mundo, vou fazer esse meio de campo", dissera ele na ocasião.

De volta este ano à presidência nacional do PDT, que integra a base aliada do governo municipal, Lupi é funcionário concursado da Prefeitura do Rio, onde ingressou em 1985.

Ele deixou o Ministério do Trabalho no início de dezembro do ano passado. Estava no cargo desde 2007, nomeado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva Em sua gestão, a pasta teria se envolvido em negociações suspeitas com organizações não governamentais (ONGs) com quem firmara contratos. Além disso, ele acumulou dois cargos públicos irregularmente por cinco anos, o que é vedado pela Constituição.

O ex-ministro enfrenta ainda resistências no partido. Um grupo de pedetistas se opõe à volta de Lupi ao comando nacional, por entender que as suspeitas em torno de sua administração no Ministério do Trabalho mancham a imagem do PDT. Com apoio da maioria dos membros da Executiva, Lupi voltou à presidência.

Agência Estado

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