Prisão de Bolsonaro repercute em imprensa internacional; veja o que foi dito
Detido na manhã deste sábado, 22, Jair Bolsonaro repercutiu em algum dos principais veículos de imprensa do mundo. As publicações destacaram as suspeitas de plano de fuga, assim como os meses de prisão domiciliar
09:47 | Nov. 22, 2025
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na manhã deste sábado, 22, ganhou repercussão em alguns dos principais veículos de imprensa internacionais, como The Guardian, Bloomberg e as agências AP e Reuters. As publicações destacaram as suspeitas de plano de fuga, assim como os meses de prisão domiciliar.
O britânico The Guardian destacou a prisão do Bolsonaro em sua homepage, com o título "Ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro é preso no Brasil". No texto, apontou que o motivo da prisão não estava claro inicialmente e contextualizou a convocação de uma vigília pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A agência The Associated Press (AP) publicou a matéria "Juiz brasileiro ordena prisão de Bolsonaro por suposto plano de fuga antes de cumprir pena na prisão". A notícia também foi destacada em sua página, além de ter sido distribuída e republicada para outros veículos internacionais, como o jornal norte-americano The Washington Post.
Outra das maiores agências de notícias do mundo, a Reuters publicou a notícia "Ex-presidente do Brasil Bolsonaro é detido preventivamente pela polícia". A publicação chegou a falar com a defesa do ex-mandatário, assim como ressalta que ele estava em prisão domiciliar.
A Bloomberg também noticiou a prisão, com destaque na sua página direcionada para países da América Latina: "Bolsonaro preso por suspeita de plano de fuga do Brasil". No texto, reitera a condenação do ex-presidente e o período em prisão domiciliar.
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O que sustenta o pedido de prisão de Bolsonaro
O pedido de prisão de Bolsonaro foi feito pela Polícia Federal. A decisão ainda não marca o início do cumprimento da pena de reclusão. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse que o ex-presidente violou o uso de tornozeleira eletrônica e tinha "elevado risco de fuga".
O magistrado citou a proximidade do condomínio de Bolsonaro com a Embaixada dos Estados Unidos e mencionou aliados do ex-chefe do Executivo que deixaram o País.
A defesa de Bolsonaro afirmou que ainda não sabe os motivos da prisão preventiva e que estaria tentando acesso ao documento.
Em setembro deste ano, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por liderar uma organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado para se perpetuar no governo.
Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da PF. (Com informações de Weslley Galzo)