Reino Unido: conselheiro de ética de Boris Johnson renuncia
Christopher Geidt era responsável por aconselhar o primeiro-ministro britânico Boris Johnson em ações que pudessem ferir o código de ética do cargo; ele decidiu renunciar por receber pedido que lhe colocou "em posição impossível e odiosa"
10:46 | Jun. 16, 2022
O conselheiro do primeiro-ministro britânico Boris Johnson para a ética e o cumprimento do código de ética ministerial apresentou a sua demissão. A notícia chega como mais uma "surpresa" no contexto do "partygate", o escândalo das festas realizadas em Downing Street durante o confinamento.
O líder conservador, sofrendo assim um novo revés, disse nesta quinta-feira, 16, que "lamentava" ter recebido a carta de renúncia de Christopher Geidt, expressando sua "surpresa". Geidt explicou em sua carta que pensava que poderia continuar em sua posição após o escândalo do "partygate", mas decidiu renunciar depois de se encontrar em uma "posição impossível" por um novo pedido.
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"Fui encarregado de aconselhar sobre a intenção do governo de considerar medidas que corram o risco de violar deliberadamente o código ministerial. Esse pedido me colocou em uma posição impossível e odiosa", escreveu ele. Não deu mais detalhes, mas considerou que a ideia de que o primeiro-ministro "poderia de alguma forma deliberadamente quebrar seu próprio código é uma afronta".
Johnson respondeu que "pedia seu conselho antes de tomar uma decisão" sobre qualquer assunto. Geidt é o segundo conselheiro de ética ministerial a renunciar em três anos, depois de Alex Allan, que renunciou em 2020, depois que Johnson se recusou a aceitar suas descobertas sobre alegações de assédio trabalhista feitas contra a secretária do Interior Priti Patel.
A renúncia de Geidt, ex-diplomata que também foi secretário particular da rainha Elizabeth II por dez anos, é um novo revés para Johnson, que recentemente se livrou de uma moção de censura interna na qual mais de 40% dos deputados conservadores tentaram destituí-lo.
Embora tenha mantido o cargo e não possa ser alvo de outro voto interno de confiança por um ano, o líder conservador, cuja popularidade continua caindo, viu sua legitimidade minada pela magnitude da rebelião em suas fileiras.
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